20)Amigos avisam!

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Após a festa de Leonor, Jaime saiu do Palácio da Zarzuela sentindo-se exausto, mas contente. A noite havia sido mais leve do que ele esperava, e, embora ainda houvesse muitos desafios pela frente, estava satisfeito com o rumo das coisas. Ele sentia que, aos poucos, estava se aproximando de Leonor e conhecendo mais sobre o mundo dela — um mundo que, até agora, lhe parecia impenetrável.

Raul e Andrés o acompanharam até o carro. Os três amigos, todos veteranos no mundo da segurança privada, haviam se tornado uma espécie de grupo unido ao longo dos anos, mesmo com as diferenças entre eles. E naquela noite, depois de toda a tensão social da festa, resolveram esticar a noite e ir a um bar.

— Que tal irmos tomar uma cerveja? — sugeriu Andrés, enquanto Jaime fechava a porta do carro. — Precisamos descontrair depois de toda aquela formalidade.

Jaime sorriu. A ideia de uma cerveja e uma conversa relaxada com os amigos parecia exatamente o que ele precisava para encerrar a noite.

— Estou dentro — respondeu Jaime. — Conheço um bar não muito longe daqui. Vamos lá.
Pouco tempo depois, eles chegaram a um bar discreto, longe das áreas badaladas de Madrid. Era um lugar onde Jaime costumava ir para relaxar após os dias estressantes no trabalho, um ambiente simples e acolhedor, muito diferente do luxo do palácio.

O bar estava animado, mas não lotado, o que permitia que eles encontrassem uma mesa em um canto mais tranquilo. Raul pediu uma rodada de cervejas enquanto Andrés se ajeitava na cadeira, soltando um suspiro de alívio.

— Esse lugar é perfeito para uma noite como essa — disse Andrés, olhando ao redor. — Depois de toda a tensão social daquela festa, acho que preciso de um pouco de normalidade.

Jaime riu, concordando.

— Foi uma noite intensa, sem dúvida. Mas acho que foi importante. Precisávamos mostrar que, apesar de todas as diferenças, estamos dispostos a fazer isso funcionar.

Raul, que sempre foi o mais reservado do grupo, olhou para Jaime com um ar de preocupação.

— Você realmente acha que isso pode funcionar, Jaime? — perguntou ele, pegando sua cerveja assim que o garçom a trouxe. — Digo, não é só uma questão de vontade. A diferença de mundos entre você e Leonor é enorme.

Jaime se inclinou para trás na cadeira, pensando antes de responder.

— Eu sei que é complicado. Mas, honestamente, sinto que vale a pena tentar. Sei que temos diferenças, mas também temos muito em comum. E acho que, com o tempo, podemos encontrar um equilíbrio.

Andrés, que estava tomando um gole de sua cerveja, colocou o copo na mesa e olhou diretamente para Jaime.

— Jaime, eu entendo o que você está tentando fazer. E respeito isso. Mas já passei por algo semelhante quando trabalhei para a rainha Letizia. E preciso ser honesto: não é fácil. Na verdade, é extremamente difícil. Esses mundos não se misturam de maneira simples. A Rainha Letizia nasceu plebeia e quando entrou na realeza foi muito julgada por isso. Na verdade, até hoje ela é muito criticada pelo seu jeito de ser.

Jaime franziu a testa, intrigado.

— Como assim? — perguntou ele, interessado em ouvir mais sobre a experiência de Andrés.

Andrés respirou fundo antes de começar a falar.

— Quando trabalhei como guarda-costas da rainha Letizia, vi de perto como o mundo da alta sociedade funciona. Não é apenas sobre dinheiro ou status; é um estilo de vida completamente diferente. E, honestamente, é muito fácil se perder nele se você não fizer parte desde o início. Eu lembro de observar as interações dela com outros membros da realeza e com figuras influentes da alta sociedade. Tudo era milimetricamente calculado, desde as palavras que usavam até os gestos. Não há espaço para erros ou espontaneidade, como em nossas vidas normais. Além disso, a imprensa ou te ama ou te odeia.

Princesa Leonor e o Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora