16)Consequências de uma balada

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Após o intenso encontro com Jaime, Leonor voltou para a balada com o coração acelerado e um sorriso que ela não conseguia conter. A energia do beijo ainda circulava em seu corpo, preenchendo-a com uma sensação de liberdade e excitação que ela raramente sentia. Quando se reuniu com seus amigos, tentou agir normalmente, mas o brilho em seus olhos e a leveza em seus movimentos entregavam seu estado de espírito.

— Finalmente, a estrela da noite voltou! — brincou Miguel, entregando-lhe um copo com mais uma bebida.

Leonor aceitou o copo, sentindo-se mais relaxada e disposta a aproveitar a noite do que nunca.

— Desculpem a demora, pessoal. Estava precisando de um tempo para mim — respondeu ela, sorrindo enquanto tomava um gole.

A bebida era forte, mas Leonor estava tão imersa na adrenalina que mal sentiu o sabor. O grupo logo voltou a dançar, e Leonor se permitiu entregar-se completamente à música. A pista de dança estava lotada, e as luzes piscantes acompanhavam o ritmo das batidas que faziam o chão vibrar. Sentindo-se mais leve do que nunca, Leonor se juntou aos amigos e perdeu-se no momento, dançando com uma energia que surpreendeu até a si mesma.

— Você está demais hoje! — gritou Júlia por cima da música, rindo enquanto dançava ao lado de Leonor. — Nunca te vi tão solta assim!

Leonor riu em resposta, o álcool e a euforia criando uma combinação perfeita para que ela se esquecesse de todas as responsabilidades e preocupações que costumavam pesar em seus ombros.

— Estou apenas aproveitando a noite! — respondeu ela, jogando os braços para cima e rodopiando ao som da música.

Cada gole de bebida parecia amplificar a alegria de Leonor, e logo ela se sentia completamente livre. A tensão que havia sentido nas últimas semanas — com os rumores sobre Miguel, as expectativas da família e a vida na academia — desapareceu completamente, substituída por um sentimento de pura felicidade.

Miguel, que estava dançando próximo a ela, percebeu o quanto Leonor estava se divertindo e sorriu, sentindo-se feliz por ver a amiga finalmente relaxando.

— Isso aí, Leo! Essa é a sua noite! — exclamou ele, erguendo seu copo em um brinde.

Leonor retribuiu o brinde, seus olhos brilhando com a luz das várias cores que iluminavam a pista de dança. Ela estava tão imersa na noite que não percebeu os olhares curiosos e, às vezes, invejosos que alguns frequentadores da balada lançavam em sua direção. Para ela, aquela era apenas uma noite para ser vivida intensamente.

À medida que as horas passavam, a balada parecia apenas melhorar. As risadas eram mais altas, os abraços mais calorosos, e as conversas mais descontraídas. Leonor continuou bebendo, aceitando cada novo copo que lhe ofereciam, até que perdeu a conta de quantos havia consumido. A combinação de álcool e a adrenalina que sentia tornavam cada movimento mais solto, cada palavra mais fácil.

Por um momento, enquanto ria de algo que Júlia havia dito, Leonor olhou para o lado e viu Jaime à distância, ainda observando-a. Ele não estava mais na escuridão, mas em um ponto onde as luzes esparsas da balada iluminavam seu rosto parcialmente. Havia um olhar quase protetor em seus olhos, mas também algo mais — algo que Leonor não conseguiu decifrar naquele momento.

Ela ergueu o copo em direção a ele, num gesto de saudação, e Jaime respondeu com um sorriso que a fez sentir uma onda de calor. A simples presença dele na balada era o suficiente para que Leonor se sentisse segura e protegida, apesar da liberdade que estava experimentando naquela noite.

No entanto, envolvida em seu próprio mundo de música, dança e risadas, Leonor não percebeu uma figura furtiva que se movia pelo salão. Em algum ponto da balada, alguém, reconhecendo a princesa, decidiu que aquela era uma oportunidade única. Com um celular em mãos, a pessoa se esgueirou pela multidão, capturando vários momentos da noite, incluindo o beijo que Leonor e Jaime compartilharam mais cedo.

Princesa Leonor e o Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora