Vermelho a cor do caos

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Taehyung Pov

Nasci na Itália, numa sexta de abril do ano 2000 em pleno tiroteio. É, digamos que meus pais gostavam de adrenalina, mafiosos são assim. Bem, ex-mafiosos, eles se aposentaram há dois anos, está na minha vez de brincar.

Meu antigo nome é Taewoon, uma garotinha com a ficha criminal limpa. Uso esse nome fora da máfia, dentro dela é Taehyung. Kim Taehyung, o maior mafioso do país. Me descobri homem trans há alguns anos. Continuo amando a sensualidade das roupas femininas, então as uso. Realça as minhas curvas.

Pra mim essa coisa de amor é papo de ilusão, serve só pra iludir e se beneficiar. Meus relacionamentos giram em torno de sexo, mais nada além disso. Já tentei me relacionar, mas essa coisa de compromisso não é pra mim, dei no pé. Não sou muito de me abrir e por isso sempre acham que tenho algo a esconder, mas a real é que ninguém sabe tudo sobre mim, no sigilo é muito mais gostoso. Ninguém vai fuder meus planos. Sou o príncipe da máfia, porra! Não devo satisfações.

Fui treinado desde pequeno, atiro desde os 7. Meu primeiro brinquedo era uma pistolinha, a graça estava em furar todas aquelas outras pelúcias sem graça. Ok que meus pais eram loucos de me entregar uma arma – e claro que continuam sendo. Lembro de uma vez quando eu era pirralha, atirei em todo mundo, confusão boa viu.

Hoje, sou conhecido pelas vestes vermelhas, a rainha da porra do tabuleiro de xadrez. Eu sou a cabeça de tudo. Eu ordeno, as pessoas fazem. É assim que funciona.

Jeon Jungkook é mais uma vez encontrado aos amassos com uma das funcionárias de sua renomada boate de luxo... – A televisão da cozinha da minha casa cuspia essas palavras de forma clara o bastante para que, no segundo em que eu tragasse mais uma vez meu cigarro, eu tomasse conta de que já tinha ouvido falar no sobrenome "Jeon" na máfia. Era um dos meus clientes.

– Jimin! – Grito à ruiva sentada na banqueta metros à minha frente – Você ouviu isso?!

– Isso... o quê? Jeon Jungkook? – Ela tira os olhos da playboy que lia – O que tem ele?

– Não me refiro ao Jungkook, mas ao sobrenome dele! – Desencosto da parede e me aproximo dela, ficando frente à frente ao seu rosto, apoiando meus cotovelos na ilha de mármore – Nós temos um comprador de drogas com esse nome! – Digo e percebo suas engrenagens funcionando atrás de seus olhos negros que agora me encaravam semicerrados

Cazzo! – Ela se levanta e vai até o escritório no subsolo à passos rápidos, eu a sigo.

Seus dedos rápidos movem-se pelas gavetas, procurando por "Jeon".

– Achei! – Ela puxa um arquivo alaranjado de uma das gavetas mais baixas que tinha no escritório, tinha o nome "Jeon Jungwon" nele. – Aqui diz que ele trabalha na sede da empresa de ações "Jeon's".

– Você é impressionante, sabia? – Aproximo seu corpo do meu e pego o arquivo, encarando seus lábios, sorrio e então me afasto.

— Eu tento ser. — Ela sorri e pega um pirulito do bolso da sua saia. — Porca Miseria, é meu último pirulito. – Ela me olha sapeca, colocando o pirulito na boca com um olhar... ah, safada.

— Figlio di puttana — Mordo os lábios, encarando ainda o pirulito que se movia à medida que a língua passeava pela sua boca. — La fai apposta, mi fai arrapare solo con quelle labbra...

É. Eu sou bissexual também, e essa ruiva gostosa é totalmente lésbica. Nós gostamos de sentir tesão, mas eu não vou dizer o que acontece aqui.

Obsession love | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora