O Coração de Uma Pirata

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" Quem com pirata se alia,
aventura e tesouro, encontra! "

P.O.V : Gracie Newgate

Saí da cabine e fui para a cozinha.

- Está tudo bem, Gracie? - pergunta Smith.

- Não, Smith - eu olho para ele com lágrimas nos olhos - Eu... não posso nem falar no nome do meu pai, pois já é motivo de eu ser morta! - me sento no chão - Meu pai é um monstro, ou eu estou doida? Me conta Smith! Eu preciso saber, porra!

- Calma - fala Smith sentando no chão comigo - Eu te conto menina, mas me prometa que não vai chorar.

- Não posso prometer, Smith.

- Tudo bem - ele se levanta e pega uma garrafa de Rum - Para afogar as mágoas.

Bebi um gole.

- O Barba Branca destruiu muitos lares, famílias, e amizades. Duas pessoas neste navio já foram vítimas dele - ele colocou a sua cabeça encostada na parede do navio, e respirou fundo - Uma delas foi o nosso capitão, e a outra foi o Barba Negra, Edward Teach.

Ele pega a garrafa da minha mão e bebe um gole.

- O capitão tinha uma dívida com o Barba Branca e teve que pagar trabalhando. Já o Barba Negra, ele era o melhor amigo de Barba Branca. Mas a ambição de Newgate cresceu e com isso veio a rebelião, a metade das duas tripulações se separaram e escolheram os capitães.

- O que houve depois? - pergunto.

- Depois houve guerra. Os dois lados resistiram. A luta durou uma semana, e todos os lados permaneceram intactos - ele começa a gargalhar - Mas o governo enlouqueceu. E a caçada por piratas começou, as recompensas grandes.

- Isso está mais para uma história de ficção, Smith.

- Realmente. Mas não é.

Smith se levanta e da um último gole no rum.

- Mas se quiser saber a história completa, pergunte para o Teach. Ele te contará, se não te matar antes ou depois.

- Obrigada Smith.

Levantei do chão. E fui atrás de Teach. Quero saber a verdadeira história, quero saber da verdade.

Pois se algum dia eu encontrar o meu pai, quero me certificar de que não quero mas ele. Eu mereço saber. Eu tenho que saber.

Andei até a cabine. Bato na porta mas ninguém responde.

Onde será que estão?

Abro a porta de fininho e entro, olho tudo que tem dentro da cabine, nunca parei para olhar direito. Escuto passos se aproximando, mas me alívio ao ver o capitão.

Eu realmente tenho medo. Pois estou tensa, minhas mãos estão frias e suadas.

- Do quê precisa, pequena?