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pov: BRUNO REZENDE

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pov: BRUNO REZENDE

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Depois que cheguei no hotel e tomei banho, percebi que eu não sabia como me arrumar ou me vestir ou nada para estar a altura dela nesse jantar — e olha que ela é baixinha.

Então eu convoquei Rebecca e Rosamaria para me ajudarem, e como elas não podiam estar no andar do vôlei masculino, Rebe foi pro quarto da Rosa e de lá por chamada de vídeo as duas me guiaram. Lucarelli, que é meu parceiro de quarto a anos nessa nossa jornada de seleção brasileira, ficava rindo e fazendo comentários com as duas. Ele era quase a terceira mulher me ajudando.

Meu Deus, a que ponto eu cheguei? Ficar pedindo conselho sobre o que vestir, para amigas da mulher que eu ia sair. Que inclusive. consegui ficar ainda mais linda e insuportavelmente cheirosa. Flavinha fala sobre como foi o passeio com as meninas, sobre um cachorro de rua que ela fez carinho porque é uma mega amante de animais — palavras dela —, e perguntando como havia sido o meu dia.

— Resumidamente: foi normal. — Respondo, e quando a olho ela faz uma careta frustrada.

— Ah não, eu falei igual um rádio e você só me diz isso? Qualé'. — Resmunga. — Quero saber como foi seu dia, mais que justo.

— Ta. — Dou uma risadinha. — Foi cansativo. A gente é treinou saque, e coisas básicas porque as competições já começam essa semana, então a gente só está reforçando algumas coisas.

— Nunca entendi muito de vôlei, sabia?!

— Se quiser, podemos ir assistir o jogo das meninas do feminino, e eu te ensino algumas coisas. — Sorrio para ela.

— Eu seria mega grata, juro! — Disse. — Ta e o que mais?

— Treinamos bloqueio, finta. — Listo algumas coisas. — O resto foi o básico, sobre as equipes que vamos enfrentar nas fases de grupo.

— Parece muito bacana. — Flavinha murmurou. — A gente só tem que se concentrar em não cair, não dobrar os joelhos e não se quebrar nos saltos.

— Eu nunca que conseguiria saltar daquele jeito, e fazer o que você faz nas apresentações. — Comento, o que não é mentira. Eu admiro a coordenação motora.

— Eu te ensino qualquer dia.

— Isso eu pulo tá, brigada. — Dou um tapinha leve em sua mão, lhe arrancando uma risada.

Chegamos até o restaurante — o único da vila toda —, e como esperado estava lotado, absurdamente lotado. Tinha uma fila de atletas do lado de fora, conversando e esperando para entrar e jantar. Eu bem que ouvi alguém a reclamando de como era horrível a espera, de como a comida também não é tão boa. Pelo menos na nossa vez de comer, não é tão ruim assim — mas eu prefiro a comida do Brasil.

Amor Olímpico ━━ Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora