Um olho por um destino.
Talvez o caos domine o mundo.
O tempo parecia nublado. O homem de cabelos prateados elaborava um discurso, o clima era sombrio. As meninas, agora órfãs estavam de mãos dadas, chorando tão verdadeiramente, que Rhaella quase podia sentir sua dor.
Sutilmente, seus olhos investigavam as expressões dos ali presentes. Embora houvessem algumas dezenas, poucos pareciam realmente prestar atenção na cena.
O homem que prosseguia com o discurso, despejou alguns comentários para a herdeira ao trono, reforçando mais uma vez sua insatisfação com as crianças, que permaneciam ao seu lado. Como resposta Daemon, agora viúvo proferiu uma risada estridente, chamando atenção de todos.
Olhares críticos se voltaram aos montes para o príncipe, que não pareceu se incomodar.
Quando a jovem Lady Laena foi por fim velada, um silêncio ensurdecedor preencheu a praia.
Rhaella permanecia distante. Suas mãos corriam delicadamente pela tecido em seu colo "Mãos giram o tear. Carretel verde, carretel preto." Ela finca sua agulha sutilmente. "Dragões de carne, tecendo dragões de linha."Puxou a linha vermelha, enfiando mais uma vez através do tecido. Ponto seguido de ponto, até que fincou a agulha na ponta de seu dedo, fazendo cair uma gota escarlate, em seu vestido.
"Não temos nada em comum" ouviu. Levou a ponta de seu dedo para seus lábios, sugando o líquido carmesim.
"Somos família" retrucou outra voz.
"Se case com ela então" respondeu com zombaria.
"Eu cumpriria minha obrigação" Aemond replicou. "Se mamãe desejasse nos casar."
Esperava que não. Esperava não ter que se casar com nenhum deles, confiava que seu pai não ordenaria.
"Seria vantajoso, manteríamos o sangue puro" reforçou o menino, como se buscasse uma justificativa. Não pode continuar escutando, levantou e caminhou a procura de seu pai.
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BLOOD AND SCALES
Fantasy"O príncipe Baelon saiu, mas a rainha Aemma continuou a sangrar. O maçante e frio som de suas contrações fez ecoar por toda a Fortaleza Vermelha, e Viserys estava ao seu lado, segurando a mão dela enquanto os mestres faziam o que podiam. Quando Aemm...