A atmosfera na sala de aula era de pura tensão enquanto a professora de matemática, Dona Helena, caminhava entre as fileiras de alunos, entregando os testes corrigidos. Cada passo parecia ecoar como um martelo no coração daqueles que esperavam seus resultados com ansiedade. Para alguns, aquela seria a confirmação de uma boa performance; para outros, um lembrete das dificuldades que ainda precisavam ser superadas.
Bernardo, sentado em sua carteira, observava a professora se aproximar. Ele estava confiante, mas sabia que, em matemática, a confiança muitas vezes não era suficiente. Quando finalmente recebeu seu teste, respirou fundo e virou a folha. Um sorriso pequeno se formou em seus lábios: 70%. Não era perfeito, mas era uma nota sólida, o suficiente para mantê-lo seguro no semestre. Ele se sentiu aliviado, sabendo que seu esforço tinha valido a pena.
Enquanto isso, Cauã e Marco estavam inquietos. O nervosismo estava estampado em seus rostos. Quando finalmente receberam seus testes, seus corações afundaram. As notas baixas, abaixo da média, confirmaram o que eles temiam. Cauã não conseguiu segurar um suspiro frustrado enquanto olhava para a folha, tentando entender onde havia errado.
"Eu sabia que ia mal, mas não tanto assim," murmurou Marco, olhando para a nota com um misto de desânimo e resignação. Ele tinha tentado, mas o teste tinha sido difícil demais.
"Eu... Não sei o que vamos fazer," respondeu Cauã, sua voz carregada de preocupação. Ele sabia que precisavam melhorar, mas a ideia de encarar outro teste de matemática no futuro o deixava apreensivo.
Do outro lado da sala, Jake olhou para a folha em suas mãos com um sorriso tranquilo. A nota 100% estava destacada no topo da página, um reflexo de sua habilidade e dedicação. Ele estava satisfeito, mas ao ver a expressão de Bernardo, percebeu que algo estava errado. Jake sabia que Bernardo tinha se saído bem, mas também sabia que Cauã e Marco estavam lutando.
Jake olhou para Bernardo e acenou, indicando que ele tinha algo a dizer. Bernardo entendeu o sinal e se aproximou, deixando Cauã e Marco a sós por um momento.
"Então, como foi?" perguntou Jake, mantendo o tom leve, mas seus olhos mostravam que estava preocupado com os outros.
"70%," respondeu Bernardo, mostrando sua folha. "Estou aliviado, mas estou mais preocupado com Cauã e Marco."
Jake assentiu, entendendo a preocupação do amigo. "Acho que precisamos ajudá-los a se preparar melhor para o próximo teste. Eles têm potencial, só precisam de um pouco mais de apoio."
Bernardo concordou com um aceno de cabeça. Eles sabiam que o próximo passo seria se unir para ajudar os amigos a superarem suas dificuldades. Não era só uma questão de passar no teste; era sobre garantir que todos pudessem seguir juntos, superando os desafios acadêmicos como um grupo.
Enquanto a aula prosseguia, os pensamentos de Bernardo estavam divididos. Ele se sentia bem com sua própria nota, mas sabia que precisaria se esforçar mais para ajudar Cauã e Marco. Jake, ao seu lado, já estava pensando em maneiras de fazer isso, mostrando mais uma vez sua capacidade de liderança e cuidado com os amigos.
Assim, o grupo saiu da sala com sentimentos mistos. Havia um longo caminho pela frente, mas juntos, sabiam que poderiam enfrentar qualquer desafio.