Era uma manhã nublada na escola, e o clima refletia o nervosismo que pairava sobre os alunos do 9º ano. Nas salas de aula, o silêncio era quase absoluto, interrompido apenas pelo som das canetas riscando o papel e das folhas sendo viradas com cautela. Era o dia do temido teste de matemática, e para muitos, aquele era o maior desafio do semestre.
Bernardo, sentado na segunda fila, estava concentrado em seu exame. Ele revisava cada questão com cuidado, tentando lembrar todas as fórmulas que havia estudado nos últimos dias. Estava confiante, mas sabia que precisava manter o foco até o fim. Cada ponto fazia diferença, e ele não queria arriscar.
Mais atrás, a situação era bem diferente para Cauã e Marco. Ambos estavam com expressões tensas, encarando as questões como se fossem enigmas impossíveis de decifrar. Matemática nunca tinha sido a matéria favorita de nenhum dos dois, e aquele teste estava se mostrando um verdadeiro pesadelo.
Cauã arriscou um olhar para Marco, que estava ao seu lado. Marco devolveu o olhar com uma expressão que dizia tudo: *Estamos ferrados.* Nenhum deles se atreveu a falar, respeitando a regra que proibia qualquer comunicação durante o teste, mas a frustração era evidente. Cada nova questão parecia ainda mais complicada que a anterior, e o tempo parecia voar.
Enquanto isso, Jake estava calmo, como de costume. Matemática sempre fora sua matéria preferida, e ele trabalhava no teste com tranquilidade, sem pressa. Ele sabia que Cauã e Marco estavam em apuros, mas não havia nada que pudesse fazer naquele momento. A regra era clara, e ele respeitava isso.
O relógio na parede indicava que faltavam apenas quinze minutos para o final. Bernardo já estava revisando suas respostas, buscando qualquer erro que pudesse ter passado despercebido. Ele não podia deixar de pensar nos amigos que, provavelmente, estavam lutando com as questões mais difíceis. Sabia que Cauã e Marco tinham dificuldades com números, e isso o preocupava, mas não havia como ajudá-los agora.
Cauã começava a sentir o peso do desespero. Tentava se concentrar em uma das questões, mas sua mente parecia incapaz de se fixar nas fórmulas. Marco, ao lado, suspirava discretamente, uma gota de suor escorrendo pela testa enquanto tentava resolver o que podia.
Finalmente, o sinal tocou, marcando o fim do teste. Um suspiro coletivo de alívio percorreu a sala, e os alunos largaram as canetas e começaram a recolher seus materiais. Bernardo olhou para trás, vendo os rostos abatidos de Cauã e Marco. Sabia que eles estavam preocupados com os resultados, mas não seria possível discutir aquilo até o fim das aulas.
Jake levantou-se com a calma de quem sabia ter se saído bem. Ao cruzar os olhares com Bernardo, deu um leve sorriso, que foi retribuído com um aceno de cabeça. Ambos sabiam que a tensão daquele teste iria pairar sobre eles até que as notas fossem divulgadas.
Enquanto saíam da sala, Cauã e Marco não conseguiam esconder a frustração.
"Foi horrível," murmurou Cauã, mexendo os ombros como se tentasse aliviar a tensão.
"Nem me fale," respondeu Marco, a voz baixa. "Acho que não consegui resolver metade das questões."
Bernardo aproximou-se dos amigos, tentando animá-los. "Foi difícil mesmo, mas agora é esperar. Tenho certeza de que se saíram melhor do que pensam."
Jake, caminhando ao lado, apenas observava a conversa, sabendo que palavras de conforto talvez não fossem suficientes naquele momento. O teste estava feito, e o resultado agora era uma questão de tempo.
Enquanto caminhavam pelos corredores da escola, o grupo permaneceu em silêncio, cada um lidando com suas próprias preocupações sobre o teste. Agora, o que restava era torcer para que as respostas certas fossem suficientes para superar mais esse desafio.