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James Gancho

Estava jogado na minha cama, olhando para o teto e pensando no quão patética a situação toda estava se tornando.

Morgie, do outro lado do quarto, fumava alguma coisa que eu preferia nem perguntar o que era.

O cara era um poço de nervosismo, sempre se contorcendo como se estivesse esperando o apocalipse chegar a qualquer momento.

Eu, por outro lado, me sentia entediado, como se todo esse drama em volta de Uliana e sua obsessão por destruir Bridget fosse uma peça de teatro sem graça.

A porta se abriu de repente, e Hades entrou sem bater. Soltei um riso sem humor, porque, sinceramente, isso não me surpreendia.

— Agora meu quarto virou a casa da mãe Joana, qualquer um entra? — provoquei, sabendo que ele não resistiria à chance de soltar alguma resposta.

Hades não me decepcionou.

— Ah, James, você trata as gatinhas assim quando elas entram nesse seu quarto que mais parece um motel? — ele brincou, com aquele riso malicioso que era típico dele.

Morgie, sempre querendo atenção, deu uma tragada profunda e soltou a fumaça, quase teatral.

— Ei, o quarto também é meu! — resmungou, como se isso realmente importasse.

Revirei os olhos, dando de ombros.

— Não, Hades. Com elas, o tratamento é diferente.

— E por que você tá aqui mesmo? Não tá conseguindo satisfazer a sua namoradinha e ela acabou te expulsando do quarto de novo? — provoquei, tentando arrancar uma reação dele, só para quebrar o tédio.

Hades me empurrou, claramente irritado.

— Não é nada disso, porra! — resmungou, o rosto assumindo aquela expressão de quem estava de saco cheio.

— Uliana pediu para eu avisar que a gente tem que se encontrar à meia-noite na lagoa sombria. Ela tá puta pra caralho com a princesinha.

Soltei uma risada curta. Era óbvio que era isso.

— Já imaginava que fosse isso.

O silêncio se instalou por alguns segundos, e eu voltei a olhar para o teto.

A lagoa sombria, o lugar onde Uliana pretendia dar o próximo passo na sua vingança.

E eu? Eu estaria lá, no meio de tudo isso, achando a situação mais ridícula do que perigosa. Mas, de qualquer forma, a noite prometia.

Horas depois...

O horário havia finalmente chegado. Levantei da cama com uma lentidão calculada, como se cada movimento fosse um ensaio para o que estava por vir.

Eu sabia que Uliana estava preparando algo grande, algo que provavelmente faria a noite ser interessante, no mínimo.

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