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                                                       James Gancho

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                            James Gancho

Quando o sol começou a despontar, eu já estava de pé, completamente exausto e sem dormir.

O whisky era meu único consolo, o único alívio que conseguia encontrar para a dor de cabeça incessante que parecia martelar a cada pensamento.

Eu tinha passado por uma fase onde os remédios para dormir eram minha muleta, uma dependência silenciosa que só percebi quando o vício se tornou óbvio.

Então, resolvi parar, antes que me afundasse ainda mais. Agora, o whisky, embora perigoso e arriscado, era o único que me oferecia algum ânimo, um alívio temporário que me preparava para o inferno do dia que se aproximava.

Hoje, eu teria que lidar com a chiclete ambulante — uma figura cuja presença eu mal conseguia suportar.

Eu teria que fingir um interesse absoluto por cada palavra que saísse daquela boca.

E a ideia de passar três meses encenando esse papel, sem sequer poder transar com ninguém, me enlouquecia.

Olhei para o outro lado da cama e vi que Morgie não estava lá. Provavelmente tinha passado a noite se divertindo enquanto eu estava preso em minha própria enrascada.

A solidão era quase tangível, um peso constante sobre meus ombros, e eu sabia que estava realmente ferrado.

Os meus pensamentos intrusivos foram abruptamente interrompidos pela porta que se abriu sem cerimônia.

Uliana entrou no quarto como se fosse dela, seus passos leves, mas cheios de uma confiança irritante. Só de vê-la ali, o ódio borbulhou dentro de mim, não apenas por sua presença indesejada, mas por tudo o que ela estava representando para mim a partir do momento que me forçou a aceitar essa aposta ridícula.

Eu me odiava por ter permitido ser manipulado por ela durante todos esses anos.

Ela sempre pensava apenas em si mesma, ignorando tudo o que havíamos vivido.

Meu olhar se tornou frio e penetrante.

— O quarto ainda é meu. Eu disse com uma voz carregada de desdém. — Você não pode entrar assim.

Uliana, no entanto, respondeu com um olhar irônico, os lábios curvados em um sorriso malicioso enquanto se aproximava.

Sem hesitar, ela passou as mãos pelo meu rosto e desceu pelos meus braços, seus dedos traçando linhas de fogo na minha pele.

— James, não precisamos de formalidades, ela murmurou, sua voz sedutora.

— Te conheço muito bem. Eu apenas vim te ver, antes de tudo começar. Quem sabe, matar a saudade?

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