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Bellatrix on

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Bellatrix on

- Estamos em público, Sylus. - Sussurro afastando suas mãos de mim tentando criar alguma distância.

Ele apenas ri me puxando de volta. Seus dedos deslizam novamente pela minha cintura enquanto ele se inclina até seus lábios roçarem a curva do meu pescoço.

- E quem disse que isso me importa? Todos aqui sabem que você é minha puta. E se eu decidir te foder aqui, agora diante de todos, ninguém ousaria impedir.

Meu corpo reage ao toque dele, uma mistura de repulsa e excitação que não consigo controlar. Ele se deleita com isso, sentindo a hesitação em mim.

- Sr. Montelli, uma foto por favor! - As vozes dos paparazzi ecoam ao nosso redor, flashes estourando por todos os lados enquanto eles se amontoam para conseguir a melhor foto.

Sylus se endireita mas mantém seu aperto firme na minha cintura.

- Sorria querida, e finja que está gostando como Lili faz. Eles querem ver o quanto você me pertence.

- Vai se ferrar. - Penso, mas engulo as palavras. Dizer isso em voz alta seria suicídio. Ao invés disso forço um sorriso falso porém convincente.

A exposição é sufocante, os olhares todos sobre mim como se eu fosse uma peça em exibição.

- Chega disso. - Ordena cansado do espetáculo nos guiando para mais adentro do salão. Entretanto os fotógrafos são como predadores, não nos deixando em paz.

De repente um deles tropeça esbarrando no meu pé e caindo diante de nós. Sylus o encara como se fosse um verme. Antes que ele pudesse agir eu me abaixo, tocando no braço do homem.

- Está tudo bem? - Minha voz é baixa e gentil.

- Mil perdões, Sra. Montelli! Não foi minha intenção por favor me desculpe. - Se ajoelha diante de mim, o medo transparecendo em cada palavra.

A posição dele de joelhos implorando, faz um arrepio percorrer minha espinha. É um reflexo da minha própria posição ajoelhada perante Sylus o "deus" desse mundo retorcido. Me sinto suja, como se estar ao lado dele me corrompesse de dentro para fora.

Um dos capangas de Sylus avança sobre o fotógrafo caído, agarrando-o com força e arrastando-o para longe. O pânico toma conta de mim, e instintivamente seguro o braço de Sylus cravando meus dedos em seu bíceps coberto pelo terno.

- Para onde estão levando ele, Sylus?! O que vão fazer com ele? - Minha voz sai trêmula mas ainda sim baixa.

Ele vira o rosto lentamente para mim, os olhos vermelhos faiscando com uma mistura de diversão e frieza.

- Ninguém atrapalha minha passagem e ele infelizmente vai aprender isso da pior forma possível.

- Você é um cretino cruel. - Sylus me força a continuar a andar. - Eu não vou deixar que isso aconteça. Vidas importam sabia? Você não pode simplesmente decidir quem vive ou morre só porque alguém te desagradou!

𝐌𝐚𝐫𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 |+18Onde histórias criam vida. Descubra agora