Maya Fontana, uma jornalista esportiva apaixonada por futebol e Fórmula 1, vê sua vida virar de cabeça para baixo após cobrir o GP de Interlagos. O que ela não esperava era ser contratada pelo seu time do coração, o Palmeiras, como jornalista e medi...
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Estava assistindo DTS no caminho ao autódromo, cheguei super cedo para conseguir o melhor assento para eu ver as equipes, nada pode dar errado. O tempo está ensolarado e ventando bastante, sem sinal de chuva e por mais que esteja cedo o autódromo já está ficando lotado, a energia é surreal e super arrepiante de ver tudo isso pela primeira vez sem ser na TV e sim pessoalmente.
Meu celular de repente começa a vibrar e olho para tela vendo o nome "Mari", automaticamente meu dedo desliza na tela para atendê-la.
— Amiga, onde você tá? Estão procurando você, se foi escalada de última hora o GP aqui do Brasil — Dou um salto quando ouço isso.
— Mari, eu já tô aqui no autódromo, tô no setor B, eu comprei o ingresso e tô de folga, como que eu faço agora? Eu vou perder a oportunidade? — Falo sentindo o nervosismo tomar conta de mim.
— Calma, vem aqui no setor que fica os jornalistas que você tem o acesso e diz que você vai cobrir o GP, eu tô aqui na entrada e irei liberar a sua passagem, eu só quero que você fique calma, eu sei que é o seu sonho assistir mas também sei que o seu sonho também é cobrir um GP de fórmula 1 pela primeira vez, vou te auxiliar em tudo, certo? — Abro um sorriso enorme e não escondo minha felicidade, faço oque ela mandou e vou para a área de jornalistas, não trouxe o meu crachá hoje mas como ela falou que está lá na porta não tem problema já que todos conhecem ela, eu não sei o que sentir agora mas eu tô feliz, muito feliz.
Aqui tá uma loucura, cheio de gente quase não chego lá, mas observo a Mari acenando para mim e corro até ela, liberam a minha passagem e nós vamos juntas para pegar o meu crachá e uma outra roupa já que estou toda caracterizada com o tema da minha equipe.
— Nós duas vamos cobrir o GP do Brasil hoje, me pediram para indicar uma jornalista e logo veio você na minha cabeça e quando aceitaram fiquei muito feliz, a gente não tem muito tempo então vamos logo trocar de roupa e colocar o uniforme para irmos para a pista.
Entro na sala e coloco logo o meu crachá e troco de roupa colocando o meu uniforme, fiz uma maquiagem básica então tá ótimo, Mari e eu corremos um pouco para irmos para a pista onde os carros estão lá ainda não começou o TL1 e lá tá cheio de pilotos, o que me causa nervosismo ainda maior, nunca imaginei que estaria aqui realizando meus sonhos vendo os pilotos que eu acompanho todos os anos pessoalmente e ainda tendo a oportunidade de entrevistá-los, retoco meu batom na cor vinho e passo um gloss por cima, mesmo na correria.
O ar muda, parece mais seco, e o céu ensolarado? Já era, segundo meu aplicativo não iria chover, mas tudo mudou. Obrigada.
— Você precisa ir atrás de algum piloto ou chefe de equipe para tentar entrevistar sobre o que eles acham sobre Interlagos. Ah, e arruma um pouquinho o batom porque acho que tá um pouco borrado — Observo Mariana arrumar a postura e ouço ela dizer o que tenho que fazer, também arrumo meu batom.
Suspiro, mesmo nervosa tenho que fazer isso pois é o meu trabalho e os meus sonho em jogo, faço um sinal para o câmera man me seguir e vou andando pela pista do autódromo, veja o carro da Mercedes parado e abre um sorriso, me sinto orgulhosa de mim mesma coisa estava vendo isso fazendo a coisa que eu mais amo, de longe vejo Toto Wolff e Lewis Hamilton juntos conversando, sinto também várias sensações juntas, de felicidade, euforia e uma parte de mim é muito fã dele então a minha vontade é de ir lá correr, abraçar e pedir um autógrafo mas não posso, então começo a agir normalmente e tentar ver se consigo uma entrevista.
Caminho até lá observando Lewis com aquele macacão preto da Mercedes, esse homem é muito lindo. O mesmo parecia observar os detalhes dos carros que estava aos nossos arredores, ele vira e nossos olhares se encontram sinto arrepio passar por todo o meu corpo e tenho uma vontade de morrer quando ele dá um sorrisinho, e a ficha não cai que meu ídolo tá na minha frente eu vou entrevistar ele.
— Com licença, vocês me concedem uma entrevista? É rapidinho! — Falo mais descontraída do jeito que a Mari me falou, a mesma disse que não precisava ser formal com eles.
— Oh, eu não posso agora porque vou voltar pro box, mas o Lewis pode — Toto me responde sendo muito simpático e assinto lhe mostrando um sorriso, vejo ele se distanciar de nós e olho para Lewis Hamilton que está me minha frente, meu corpo fica meio trêmulo por isso, sinto seu olhar sobre mim e ele faz um sinal pra minha boca, franzo a testa não entendo e ele se aproxima de mim.
— Uma coisinha aqui — Paraliso quando seus dedos tocam o cantinho da minha boca e assim me ligo que o meu batom ainda estava um pouco borrado, sinto minha pele queimar e posso apostar com qualquer um que esteja vermelha, meu deus, que vergonha. Lewis se afasta sorrindo e se ajeitando para eu começar a entrevista que nem eu mesma sei se irei conseguir fazer isso.
— Obrigada, podemos começar agora? — Pigarreio tentando não demonstrar que estou nervosa por estar perto dele, mas é praticamente impossível.
— Quando quiser — Dou um pequeno sorriso e me viro para frente da câmera que está nos filmando e começo a me apresentar.
— Bom dia pessoal, me chamo Maya Fontana e estou aqui juntamente com a Mariana Becker para cobrir o grande prêmio de São Paulo acabei encontrando o piloto da Mercedes, Lewis Hamilton e ele acabou nos concedendo uma entrevista — Falo diretamente para a câmera e sei que está sendo transmitida em todo o Brasil, em seguida olho para Lewis e fico ao seu lado pronta para perguntar. — Bom, Lewis o que você está achando do Brasil? — O questionei e ele abre um sorriso enorme para a câmera e em seguida me olha.
— Eu adoro o Brasil, é um dos países que eu mais amo nesse mundo, as pessoas aqui são muito receptivas e muito calorosas, aqui tem uma energia surreal, a cultura e a comida também me agradam muito, estou ansioso para correr aqui — Ouço com atenção o piloto responder à minha pergunta com o sorriso, uma das coisas que eu acho mais bonita nele, e é uma gracinha aqueles dentinhos separados.
— Só mais uma pergunta, como você acha que vai ser a corrida? Alguma expectativa? — Faço minha última pergunta a ele.
— Quando é aqui no Brasil me sinto em casa, acho que será uma ótima corrida para mim e para Russell, a Mercedes e eu adoramos muito então estou com uma expectativa muito grande que seja uma ótima corrida, sei que é sempre bom quando tem algo fora do normal mas espera que não aconteça conosco — O piloto solta uma risadinha que me faz rir também — Espero que eu consiga pole position e quem sabe subir no pódio? Ah, eu já ia esquecer de perguntar, cadê a Mari? — Questionou-me olhando por um segundo e daí penso na possibilidade da nossa entrevista.
— Ela deve tá entrevistando outros pilotos por aí, a correria está enorme e ela sozinha não iria dar conta sozinha, por isso fui chamada — Respondo para o piloto britânico que concorda.
— Não ache que eu não gostei de você, longe disso, é porque eu já estou acostumada com a Mari, mas também é sempre bom ver pessoas novas, sabe? — Me mostrou um sorrisinho de canto e eu devolvi o mesmo ato.
— Sem problemas, Lewis — Falo com ele em seguida alguém o chama e ele dá um "tchauzinho" e sai.
Quando ele sai com câmera man baixa o aparelho e sei que quem está ao vivo agora é a Mariana Becker, solto um suspiro que eu nem sabia que estava preso, olha como esse homem me deixa! Provavelmente eu nunca vou esquecer desse dia e assim espero.
E assim sigo nas pistas procurando outros pilotos para entrevistar.
