006 - NÚMERO DESCONHECIDO

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MAYA FONTANA

Acordei cedo no dia seguinte, com a luz do sol entrando pelas frestas da cortina do meu quarto de hotel

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Acordei cedo no dia seguinte, com a luz do sol entrando pelas frestas da cortina do meu quarto de hotel. A ansiedade que sentia ontem ainda estava presente, mas agora misturada com uma sensação de realização. Meu primeiro dia no CT do Palmeiras tinha sido surreal, mas hoje as coisas começariam a se desenrolar de verdade.

Após um banho rápido e um café da manhã no próprio hotel, saí para procurar um apartamento. Precisava me estabilizar logo, pois o hotel não era uma solução a longo prazo. Felizmente, Leila havia me dado algumas indicações de lugares próximos ao CT e com boas referências.

Peguei o celular e abri o aplicativo de mensagens. Encontrei o número da corretora que Leila havia recomendado e enviei uma mensagem.

“Oi, bom dia! Aqui é a Maya, a Leila Pereira passou seu contato. Estou procurando um apartamento próximo ao CT do Palmeiras. Podemos agendar uma visita hoje?”

Minutos depois, a corretora respondeu, confirmando a disponibilidade para mostrar alguns imóveis durante a tarde. Marquei as visitas para depois do expediente, pois queria passar no CT mais cedo e me familiarizar ainda mais com o ambiente.

Antes de sair, conferi no espelho minha roupa escolhida para o segundo dia: um look casual e confortável, mas com um toque de profissionalismo. O clima em São Paulo estava quente, então optei por uma calça de alfaiataria leve e uma blusa de linho com o símbolo do Palmeiras bordado perto do peito. Amarrei meu cabelo em um coque alto, o que me dava um ar mais confiante.

Assim que cheguei ao CT, passei pela segurança e me dirigi diretamente à minha sala, que agora estava mais organizada. Coloquei o notebook na mesa e liguei os equipamentos, pronta para começar o trabalho do dia. Havia algumas pautas para cobrir e entrevistas para agendar, mas meu foco principal era me adaptar ao ritmo do time.

Conforme o tempo passava, a rotina do CT começava a ganhar vida. Jogadores indo e vindo, membros da equipe técnica passando com planilhas e equipamentos, e eu ali, tentando absorver tudo ao meu redor. Uma notificação no meu celular me distraiu momentaneamente — era uma mensagem da Lívia.

“Oi, Maya! Não consegui estar aí ontem, mas hoje estarei no CT. Vamos almoçar juntas? Quero te contar umas coisas sobre o pessoal e o ambiente.”

Respondi rapidamente: “Claro, vou adorar! Me manda mensagem quando estiver livre.”

Era bom saber que teria a companhia de uma amiga ali dentro. Apesar de todos terem sido muito receptivos no primeiro dia, ter alguém de confiança para me guiar nessa nova jornada era reconfortante.

Enquanto aguardava a hora do almoço, me concentrei nas minhas tarefas. Revisei a planilha que havia começado ontem e comecei a esboçar um cronograma para as entrevistas que precisaria realizar. O trabalho era intenso, mas extremamente gratificante. Em certos momentos, eu me pegava sorrindo sozinha, lembrando do quanto havia sonhado em estar exatamente onde estava.

Quando o relógio marcou meio-dia, a porta da minha sala se abriu, revelando a figura sorridente de Lívia.

— Maya, quanto tempo! — disse ela, vindo me abraçar. — Como você está se sentindo no seu novo trabalho? — Perguntou ela super animada, fazia tempo que eu não via ela e estava com saudades.

— Não consigo acreditar que isso é real — Respondi, retribuindo o abraço. — Mas estou amando cada segundo. — Falo ainda abraçada nela.

— Vem, vou te levar para almoçar em um lugar que o pessoal aqui adora. Você vai adorar! — Lívia riu e me puxou para fora da sala.

Caminhamos pelo corredor e, logo, chegamos ao refeitório onde vários jogadores e funcionários já estavam reunidos. A conversa com Lívia é sempre incrivel e sempre cheia de risadas. Ela me deu umas dicas sobre como lidar com os jogadores, principalmente aqueles que tinham uma relação mais próxima com a mídia e até mesmo com ela, descobri umas fofocas que até agora estou pasma.

— E, claro, cuidado com os engraçadinhos, ou melhor, desgraçadinhos — disse ela, piscando um olho. — Alguns gostam de brincar, mas outros... ainda mais Richard Rios, como amigo ele é incrível mas eu não te aconselho ficar com ele, cê só vai ter dor de cabeça.

Lembrei-me imediatamente de Raphael Veiga e do quanto ele havia sido gentil no dia anterior. Era óbvio que ele tinha sido simpático e acolhedor, mas as palavras de Lívia me fizeram refletir um pouco mais sobre as intenções por trás daqueles sorrisos.

— Pode deixar, vou manter os olhos abertos — brinquei, mas, internamente, estava um pouco mais atenta.

Depois do almoço, voltei ao trabalho, já me sentindo mais integrada ao ambiente. O ritmo do CT era intenso, mas, aos poucos, eu começava a entender como tudo funcionava. A tarde passou rápido, e logo chegou a hora de encontrar a corretora para ver os apartamentos.

No fim do dia, após visitar alguns imóveis, finalmente encontrei um que parecia perfeito: espaçoso, bem localizado e com uma vista incrível da cidade. Era um pouco mais caro do que eu havia planejado, mas valia a pena pela proximidade com o CT e pela segurança do prédio, a moça falou que alguns famosos moram aqui mas também não falou quem são, também não me interesso, só quero meu lugar em paz. Saí de lá já imaginando como seria minha vida naquele lugar.

Ao voltar para o hotel, exausta, mas satisfeita com o dia produtivo, deitei na cama e peguei o celular. Tinha uma mensagem de um número desconhecido

+55 (11) 9875*-****

Oi, Maya. Como foi o dia? Conseguiu encontrar um lugar para ficar?

Oi? Quem é?

Ah, não tá aparecendo a foto? É o Raphael, a gente nem se viu hoje

Foi ótimo, sim! Achei um apartamento incrível. Obrigada pela carona de ontem e por toda a ajuda!

E desculpe, não tive tempo direito e sai com uma amiga

Fico feliz que tenha encontrado! Qualquer coisa, sabe onde me achar.
Sem problemas vou deixar você descansar, boa noite.
Até amanhã, beijos

Até!

Puta merda, como assim eu tenho o número de Raphael Veiga? Ou melhor, como que ele conseguiu meu número? Salvo o número dele e agora tenho que fingir que é algo natural e normal, sendo que eu tô com um sorriso enorme no rosto

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Puta merda, como assim eu tenho o número de Raphael Veiga? Ou melhor, como que ele conseguiu meu número? Salvo o número dele e agora tenho que fingir que é algo natural e normal, sendo que eu tô com um sorriso enorme no rosto. Guardei o celular e me permiti relaxar, ou melhor, tentar. O dia foi corrido e cansativo, e amanhã tenho que entrevistar alguns jogadores, tive uma ideia de um quadro novo no TV Palmeiras, quero me organizar para ver se realmente vai para frente.

VEM SER MINHA - RAPHAEL VEIGAOnde histórias criam vida. Descubra agora