CAPÍTULO 06: Sufoco e abandono

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(gatilho de estupro)

Após alguns dias do casamento, a mudança de Astoria tornou-se notável. Para uma garota de dezesseis anos, suas roupas e acessórios pareciam de uma mulher de vinte e cinco anos. Vestidos cumpridos que eram ricos em detalhes, acessórios pesados demais e a maquiagem que pesava seu belo rosto jovem. Astoria em tão pouco tempo de casamento parecia ter envelhecido. Apesar de sua grande solidão, a presença de Alene era agradavel e muitas vezes lhes arrancava um sorriso que parecia se tornar desconhecido.

Willam após o casamento, não era muito visto dentro da própria casa. Mas as poucas vezes que estava, ele decidia estar com Astoria. Ele ainda não haviam se deitado, até porque Willam não poderia equilíbrar o próprio corpo na noite do casamento. Astoria passava a maior parte das noites que não conseguia dormir, escrevendo. Escreva sobre sua atual situação e que mesmo assim não conseguia odiar sua mãe pelo o casamento forçado.

A saudade de seu pai era presente, principalmente por não poder mais visitar o túmulo do mesmo com a mesma frequência de antes. Suas dúvidas sobre o desaparecimento de sua irmã ainda eram frequentes. Suas únicas saídas permitidas por seu marido eram para o jardim médio da casa de Willam, obviamente com Alene. Mas a presença de Alene não era algo que incomodava Astoria, muito pelo ao contrário.

Willam passará duas semanas fora, talvez tenham sido as melhores semanas para Astoria. Já que Willam não havia aparecido em sua frente nem por um segundo como das outras vezes que ele ainda a visitava. Como se fosse algo que ela quisesse.

A casa de Willam, uma mansão imponente e sombria, refletia uma atmosfera opressiva. O silêncio dos amplos corredores parecia amplificado pelo som distante das folhas secas movendo-se no jardim, agitado por uma leve brisa noturna. Os móveis antigos, cobertos por estofados pesados e tapeçarias surradas, eram testemunhas silenciosas da mudança que Astoria enfrentava. As paredes estavam adornadas com retratos e tapeçarias, todos mostrando o opulento passado da família, um passado que parecia não ter mais relação com a jovem mulher que agora percorria seus corredores.

Naquela noite, o quarto de Astoria estava iluminado com as luzes das velas espalhadas pelo o cômodo, projetando sombras longas e calmantes nas paredes. Astoria, deitada na cama com um vestido longo de seda bege, estava com os olhos abertos, olhando para o teto em busca de um pouco de paz. Sua roupa de dormir era longa que chegava até seus tornozelos. Cobria seus braços até o punho, parecia um belo vestido simples antigo de bonecas de cerâmica.

Alene, sentada ao lado dela, estava ocupada arrumando os travesseiros e tentando oferecer algum conforto à jovem. Ela tinha um semblante acolhedor, embora também carregasse uma sombra de preocupação. A presença de Alene se tornava um alívio para Astoria, que encontrava consolo nas conversas e nas pequenas gestos de carinho de sua fiel amiga.

A porta do quarto se abriu de repente com um estrondo que quebrou o silêncio, e Willam entrou, seu porte imponente e seu semblante grave interrompendo a calma da noite. Seus passos pesados ecoaram pelo ambiente, e seu olhar frio fez o coração de Astoria acelerar. Vestia uma roupa escura, que era perceptível de longe que era a roupa que todos os comensais da morte usavam todos os dias. A seriedade em seus olhos e a linha rígida de sua mandíbula denunciavam uma inquietação.

- Alene, saia - ordenou Willam com um tom de voz que não admitia contestação. Sua voz era firme, quase cortante, e não deixou espaço para dúvidas sobre a necessidade de sua presença.

Alene hesitou por um momento, seus olhos se encontrando com os de Astoria em um silêncio carregado de preocupação. A compreensão mútua era evidente: era melhor não desafiar a ordem.

- Willam, meu irmão, eu posso...- Alene começou, mas a palavra "posso" parecia um eco em sua garganta, sufocado pela autoridade do marido de Astoria.

- Agora, Alene. - A insistência na ordem foi inabalável.

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