Em uma noite qualquer, após se sentir exausta e sobrecarregada com a sua vida, você sai para jantar com o seu namorado de longa data, que lhe faz um pedido inesperado. Ao se sentir confusa em relação aos seus próprios sentimentos em relação a ele, v...
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Eu certamente não sabia onde estava me metendo. Se até meu irmão de 17 anos desconfiava daquele homem, imagine o que eu deveria pensar. Mas, mesmo assim, eu estava naquele carro com ele.
— Está com medo? — Ele fala ao entrar no carro e me observar tensa no banco do carona — Não fique... vamos apenas nos divertir hoje.
Eu bufo, sem paciência para as suas provocações, e tento colocar o cinto, mas está emperrado. Que ótimo.
Ele ri, se divertindo com meu nervosismo, mas logo se inclina para perto de mim.
— Aqui... — De propósito, ele passa sua mão devagar pelo meu abdômen até chegar onde a fivela do cinto está presa, e com a ponta de seu nariz roçando em minha orelha, ele sussurra baixinho — Pronto — E então aperta a fivela do cinto com toda a força, me fazendo dar um salto.
Fecho meus olhos involuntariamente com o susto e ele dá um sorriso cínico ao pé de minha orelha, retirando sua mão devagar de meu quadril, mas ainda assim passando a ponta de seus dedos por toda a região, até sair dali completamente.
Satisfeito com a minha reação, ou com a falta dela, ele volta ao volante, agora saindo com o carro e dirigindo sério. Ele era no mínimo... intrigante.
Paro para analisar seu rosto enquanto ele dirige. Eu não sabia dizer se ele era bonito ou não, mas certamente chamava atenção. Tinha uma pele pálida, um olhar profundo, um cabelo penteado para trás e ao mesmo tempo um ar autoritário e misterioso. E ele também tinha uma cicatriz profunda no lado direito de seu rosto. Eu me perguntava como ele a conseguiu.
— Gosta do que vê? — Ele dá um sorriso de canto e eu desperto de meu devaneio, me dando conta de que eu o encarava. Droga.
— O que eu devo esperar desse... evento? — Desvio meu olhar para a janela e mudo de assunto, afim de ignorar o que tinha acabado de acontecer.
— Nada demais. Apenas figuras importantes e muito luxo — Ele fala com um sorriso divertido, como se aquilo fosse a coisa mais banal do mundo. Pra ele, provavelmente deveria ser.
