O Chefe da Máfia | Min Yoongi

Capítulo 10 - Sempre foi você, nunca foi ele (+18)

Pov Yoongi

Nunca acreditei em milagres e nunca nem mesmo tive fé, mas naquele momento, eu queria ter fé. Fé de que ela voltaria. Fé de que eu a teria novamente em meus braços. Fé de que, dessa vez, ela nunca mais saíria de perto de mim.

E como um verdadeiro milagre, a minha campainha toca.

Não arrisco olhar a câmera, pois não quero me decepcionar; não quero ver ninguém que não seja ela.

Então, quando chego ao portão, me deixo ser surpreendido por quem quer que seja.

— Eu consegui escapar... e é com você que quero ficar.

É ela.

Horas atrás (Pov Sn)

Silêncio.

Silêncio era tudo o que eu ouvia naquela casa. Ou melhor, era tudo o que eu não ouvia.

Eu já havia feito tudo o que Jin mandou. Cedi às suas chantagens, falei coisas horríveis ao Yoongi e o ajudei com seu plano. Agora era a hora de ele me deixar ver minha família.

Porém, isso não aconteceu.

Ele continuava dizendo que permitiria na hora certa e que eu deveria fazer o que ele mandava.

Então, me dei conta de uma coisa.
Essa hora nunca chegaria.

Ele me usaria até o último segundo, e quando eu não fosse mais necessária, ele me eliminaria. Junto de todos que eu amava. Afinal, é isso que psicopatas fazem.

Ele estava tão seguro de si que eu nem sequer estava sendo vigiada. Ele sabia que poderia me deixar sozinha naquela casa e que, mesmo assim, eu não fugiria. Porque eu temia demais pela minha família. E a sua confiança na minha submissão só me deixava ainda mais irada. Ele realmente me tinha nas mãos.

Naquele momento, ele havia ido com Lorenzo a algum lugar e quase não havia vigilância na casa. Afinal, ela já era afastada o suficiente para ninguém encontrar.

Então, eu me perguntava: eu deveria sair dali? Eu deveria me unir ao Yoongi e pedir ajuda para encontrar minha família?

Juntos, talvez pudéssemos ser mais fortes.
Juntos, talvez pudéssemos achar a solução.

E tudo o que eu precisava era de coragem.

Coragem.

Coragem foi a palavra que me fez estar em seu caminho. Coragem foi a emoção que, há algumas semanas atrás, me levou até a casa dele e que marcou o início da nossa história. Coragem foi o que nos fez ficar juntos. E eu não me arrependia de nada.

Mas eu também tinha me do. Medo de ir até ele e de piorar ainda mais a situação. Me do de machucar pessoas; pessoas inocentes que não tinham nada a ver com aquilo.

Entretanto, eu também estava fraca. Sem ele eu não pensava direito e era um alvo fácil para Jin manipular com suas chantagens. Sem ele, eu era era como um objeto quebrado: até podia funcionar, mas era limitado.

Eu precisava dele, assim como ele também precisava de mim. Então resolvi encher meu peito daquilo que eu mais precisava: coragem.

Então, com muita coragem, eu decidi que iria até ele. Eu decidi que faria aquela loucura para estarmos juntos novamente. Afinal, o amor também é sobre ser louco e irracional. E naquele momento, eu queria ser louca por amor.

Por nós.

Olhei para a janela do quarto, observando o lado de fora. Jin havia acabado de sair com Lorenzo e entregado a chave de um carro que estava parado na calçada a dois homens que vigiavam o portão. Homens esses que se afastaram para fumar um cigarro e que deixaram a chave repousando na janela da cabine de segurança ao lado do portão.