Capítulo 12 - Vingança

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Dor. Substantivo feminino que designa uma sensação desagradável ou de sofrimento, seja física ou emocional.

A dor física está relacionada a lesões, machucados ou a acidentes corporais.

A dor emocional está relacionada a sentimentos de angústia ou de tristeza, como a dor da perda ou a dor da saudade.

E naquele momento, eu sentia ambas as dores. O meu corpo e o meu emocional doíam e eu mal tinha forças para me mexer.

Era como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. E realmente foi.

Semanas atrás

Meu coração simplesmente para em meu peito ao observar aquela cena.

Taehyung está deitado no chão, e de seu peito jorra sangue; o tiro acertou exatamente em seu coração.

— Taehyung! — Me jogo sobre ele, desesperada, e o mundo desaba em minha volta.

Aquele tiro não foi pra ele. Foi pra mim. Taehyung se jogou na minha frente e por mim ele deu a sua vida.

Cuide bem dele. Você pode não entender agora, mas o nascimento dele terá um significado em sua vida.

E agora eu entendia o significado. O significado de sua vida era a salvação da minha.

Rapidamente o seguro em meus braços, atordoada, e o seu sangue se espalha por toda a minha roupa, me banhando em um verdadeiro show de horrores.

— Tae... Tae! — O chamo e coloco minha mão sobre seu coração, sentindo seu sangue se infiltrar entre meus dedos, e tenho a esperança de que aquilo seja apenas um pesadelo e de que irei acordar em breve. Mas não é o que acontece.

— Tae, fala comigo.... — Começo a massagear seu peito em meios às lágrimas, e quando ele está prestes a fechar seus olhos, ouço sua voz fraca falar.

Eu te amo, irmã... obrigado por tudo.

Então sua respiração e batimentos se cessam de vez.

Uma dor descomunal se alastra em todo o meu corpo e eu solto um grito estridente, o abraçando a mim.

O meu irmão. O meu pequeno irmão. O bebê que segurei em meus braços assim que nasceu e que cuidei como se fosse meu.

O garoto que cresceu bem diante dos meus olhos e de quem eu deveria ter cuidado e guiado. Mas eu falhei.

Falhei como sua irmã. Falhei como sua protetora.

Porque, na verdade, não era eu quem o protegia. Era ele quem protegia a mim.

Durante todo aquele período em que eu não fazia ideia do que acontecia a minha volta, era ele quem me protegia. Era quem ele cuidava de mim. E agora, me protegendo mais uma vez, ele também deu sua vida por mim. E se foi.

Com os olhos turvos pelas lágrimas, levantei minha cabeça para gritar por ajuda. E tudo aconteceu em câmera lenta.

Meu pai chorava e gritava desesperado ao meu lado, sacudindo o rosto de Taehyung, numa tentativa em vão de acordá-lo.

Yoongi largou o posto que assumia com a arma apontada para Jin e correu ao meu encontro, pegando Taehyung desesperado em seu colo.

Em seguida, todos os seus outros homens também vieram. E esqueceram de Jin. E Jin aproveitou o momento de deslize para fugir e ir até o homem de capuz.

Mas antes de partir, ele olhou para mim e sorriu.

O seu plano era me matar, mas ele conseguiu algo muito melhor. Me manteve viva, mas tirou algo importante de mim. Um pedaço de mim. E agora, eu teria que conviver pra sempre com aquela dor.

O Chefe da Máfia | Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora