Capítulo 17: Draco.

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TW: Menções de estupro, sangue e violência.


Eles estavam parados em frente à Mansão Malfoy. Draco da Memória atravessou os portões quando eles se abriram em saudação. Ele serpenteou pelos jardins da frente, o ar cheio de magia negra. O céu tomado por nuvens negras ondulantes. Ele não estava em suas vestes de Comensal da Morte, não tinha um único arranhão. Seu cabelo imaculado balançava a cada passo que dava. Ele chegou ao degrau da frente, ficando ali por um momento antes de abrir a porta. Respirando fundo, seu momento de paz se foi muito cedo quando seu pai abriu a porta, parado na frente dele, um sorriso estampado em seu rosto.

"Está pronto?" ele questionou quando Draco cruzou a soleira.

"Está feito."

"Bom trabalho, filho. O lorde das trevas ficará muito satisfeito." Lucius fechou a porta atrás de si e se virou para observar Draco subir os degraus em pares.
"Ele vai querer celebrar sua conquista, Draco. Será sensato aceitar o que for dado." seu pai gritou atrás dele.

Hermione o seguiu escada acima, girando e se virando pelos corredores da mansão. Ela observou Draco entrar em uma sala, fechando a porta atrás de si. Ela foi pegar a maçaneta, observando enquanto ela escorregava de sua mão, deslizando completamente para sua mão como se não existisse.
Ela fechou os olhos e entrou direto pela porta, um arrepio percorrendo seu corpo com a intrusão.

Ele já havia arrancado seu suéter preto, seu peito totalmente exposto enquanto andava de um lado para o outro em frente à lareira. Sua respiração vinha em inalações rápidas, ela reconheceu isso. Ela ficou de lado enquanto o observava desmoronar. Puxando os fios de seu cabelo.

"Que porra é essa. Que porra é essa." Ele estava se repetindo em tons baixos e abafados.

Os olhos dela olharam para o corpo dele, notando rapidamente que ele apenas adornava as cicatrizes que Harry havia deixado. Nenhuma das rígidas e rosadas às quais ela havia se acostumado.

"Não acredito que os deixei entrar, não acredito nisso, porra" Ele se virou para a mesa de cabeceira, puxando a tampa da garrafa de cristal. Engolindo até que seus olhos se fecharam e a luta visível para respirar diminuiu enquanto o uísque de fogo descia por sua garganta.

Hermione sentou-se na beirada da cama dele. Querendo estender a mão e tocá-lo, aliviar sua dor. Mas ela não estava lá para isso, ela tinha que seguir o plano, ela tinha que chegar ao fundo da questão. Ele era como um livro que ela nunca lia completamente. Talvez folheasse as páginas, lendo apenas algumas partes que te prendiam no âmago, te intoxicando com o enredo, mas nunca cruzando o arco. Nunca entendendo completamente o texto. Draco Malfoy era como um livro que ela nunca lia. Nunca entendia completamente, e com sua necessidade severa de saber tudo, ela não deixaria isso passar.
Ela observou enquanto ele entrava no banheiro, ela hesitou em segui-lo, mas sabia que devia ter alguma importância. Ela só trouxe à tona as memórias que continham a magia mais negra, ela tinha que ver o que aconteceria.

Ela se levantou, ouvindo um gemido ao se aproximar da porta. Trancada novamente, ela se preparou para a intrusão dessa vez ao passar por ela.

Ele descartou o resto de suas roupas, deixando a água escaldante pela forma como o vapor imediatamente embaçou o banheiro.
Ele parou na frente do espelho, a varinha girando na mão. Ela tentou não olhar abaixo da cintura, era difícil não olhar, mas ela preferia não se distrair. Ele agarrou sua varinha firmemente em sua mão direita, um movimento rápido e brusco enquanto ele enfiava a ponta dela na parte inferior de seu pulso esquerdo.

"Crúcio."

Manchas vermelhas brilharam da ponta de sua varinha, atingindo diretamente sua pele.
Hermione arfou, correndo para frente tentando puxar sua mão.

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