Capítulo 23_Detetive O'connell

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Vocês estão de cintos, crianças?
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Capítulo 23.

Detetive O'connell

ÀS

Isso não pode estar acontecendo. Não é possível!

Encaro o homem a minha frente, incrédula com sua audácia. Eu sabia que conversar com ele não seria uma tarefa fácil, mas estou me surpreendendo com a proporção que essa conversa tomou.

—Responda, Zacharey. —Sua voz é firme.

—Para quê? Já tem um pensamento formado sobre mim, porque me dar ao trabalho de tentar muda-lo?

—Quem garante? Não decidi nada ao seu respeito ainda.

Não contenho um riso solto.

—Senhor O'connell. Acho que já passamos dessa fase, anos atrás.

—Quando dormia com minha filha, escondido.

—Ela te contou sobre nós?

—Não precisou, não sou detetive atoa, Zacharey, e acho bom cooperar, enquanto ainda estou de bom humor.

—É uma ameaça?

—Considere um aviso. Já que não sou o único que tem perguntas a seu respeito.

Me inclino para frente, olhando em seus olhos.

O dia começou como sempre, um pesadelo, uma corrida, um banho e agora estou na empresa, tratando do que não pude a distância. Me sinto um Peter Parker, conseguia pressentir que ainda poderia piorar.

Meu sentido aranha acertou em cheio, porque horas mais tarde o detetive O'connell, decidiu me visitar e tornar a minha sala um local de interrogatório com suas suspeitas.

Não o julgo por fazer seu trabalho, Patrick, apesar de não ser a melhor figura ou o cara mais amigável, é de fato bom no que faz, um excelente detetive.

Talvez seja esse o problema.

Patrick O'connell é um detetive bom demais para que eu consiga lidar sozinha com tudo que me cerca agora, tenho que ter o máximo de cautela com as informações que dou a ele.

—Ah é? Quem mais tem perguntas a meu respeito?

—Porque o FBI parece ignorar que você existe?

—Não compreendi sua dúvida.

—Compreendeu, você sabe muito bem o que estou dizendo. Você volta dos mortos e ninguém parece se importar com isso. É estranho, não acha?

—Explique.

—Não se faça de boba, Zacharey, seu rosto não combina com esse tom de incerteza.

—O que quer que eu diga, detetive?

—A verdade seria uma boa escolha.

—Mas de que verdade estamos falando? A minha, ou a sua?

—A única verdade aqui. A questão é, vai me oferece-la de bom grado, ou terei que tornar isso uma caçada?

Sorrio.

Apesar de tudo, mesmo sabendo que ele deve me odiar, há algo no homem que sempre me cativou. Ele não tem medo de se impor, de ordenar o que acredita ser correto. Infelizmente é um traço dominante que se estendeu a sua família...

Flash Back

Má ideia, Eilish. Ele vai me chutar assim que me ver. —Resmungo no banco do passageiro.

Dark Angel_Billie Eilish G!POnde histórias criam vida. Descubra agora