Como se nada tivesse acontecido

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Após o trabalho me preparei para o meu encontro com Sam, eu não sabia sobre o que ela gostaria de falar, isso me deixava um pouco ansiosa. Todas as coisas que estavam acontecendo eu ja sabia ou tinha uma ideia de como funcionaria, menos Sam, Sam era outra pessoa nessa realidade e quanto mais eu me aproximava dela, mais perto eu me sentia de descobrir o motivo. Cheguei ao elegante restaurante antes dela. Era um restaurante 5 estrelas muito famoso. Senti que eu não estava vestida adequadamente com minha blusa básica branca e calças jeans comuns. Quando cheguei na entrada me perguntaram pela reserva e dei o sobrenome de Sam, me levaram para uma ótima mesa, com vista para a cidade toda. Eu me distrai olhando para o horizonte e pensando e só percebi a chagada de Sam quando ela estava puxando a cadeira. Sam estava linda, deslumbrante eu diria, como de costume ela vestia all black, blusa de seda e blaser, mas ela estava com os cabelos soltos e lábios   pintados  com um belo batom que tinha a mesma tonalidade do vinho que estava em minha taça. Decidi ir direto ao ponto, com Sam eu não estava no controle e não gostava dessa situação.

- Boa noite, Sam. Eu agradeço o convite, mas gostaria de saber o que você quer falar comigo. 

Eu tinha medo e esperança sobre essa resposta

- Eu, na verdade gostaria de saber se você pretende continuar namorando com o Nop. 

Eu quase cuspi o vinho que tinha na boca com a pergunta de Sam, felizmente consegui conter o engasgo. 

- Eu pensei que ja tivéssemos conversado sobre estas questões pessoais e concordado que elas não diziam respeito a você como a minha chefe. 

- Mon, eu preciso saber. 

- Eu estou muito bem com o Nop, Sam. Ele me entende e me trata bem

- Então me diz por que eu sinto como se você estivesse mentindo sobre coisas que não pode contar pra mim.

Eu encarei Sam seriamente, era tão fácil me perder naqueles olhos, olhos que no passado não tinham esse calor, afeto e esperança que vejo agora em minha frente. Sam, onde você estava? 

- Sam, eu não te devo satisfações sobre a minha vida, eu não te devo nada. Falei tentnado parecer o mais decidida possível, não queria que ela percebesse que ps ultimos acontecimentos me faziam desmoronar todas as noites sobre meu travesseiro.

Sam gostava de mim, eu sentia no olhar dela, e nas ações dela e nas palavras. Eu precisava afastar ela de vez da minha vida, precisava dar um basta nisso, parar de ficar confusa e parar de pensar nela antes de pegar no sono. 

- Escute, Sam e eu espero que seja a última vez que eu precise dizer isso a você, fica longe de mim, fica longe da minha vida pessoal e para de me perseguir, você esta sendo estranha e eu não quero mais isso, entendeu?

Sam não teve reação só ficou ali me olhando, me odeie, Sam, por favor me odeie. Me odeie coma mesma intensidade que eu sinto que você gosta de mim. Não torne as coisas tão difíceis para mim. 

- Eu entendo, tudo bem, vou acompanhá-la até a saída e nos vemos no trabalho. 

Ela terminou de beber seu vinho em apenas um gole e levantou da mesa, eu a segui em silêncio, acho que eu consegui o que queria, magoar a mulher que nunca havia me feito mal e que nessa vida só havia sido gentil e cuidadosa comigo. Eu estava caminhando em silêncio ao lado de Sam e então saimos do restaurante as duas a caminho do elevador, mas senti meu salto quebrar e me segurei em Sam insistivamente. Como seus braços pareciam ter sido feitos para me socorrer ela conseguiu me segurar e me segurou firme, nossos olhares se encontraram e eu pude sentir seu hálito de vinho. Eu podia mentir o quanto eu quisesse para ela, mas meus olhos sempre seriam verdadeiros em se tratando de Sam, meu olhar caia sobre seus lábios e depois encontrava seus infinitos olhos, como em todas as vezes que nos encontramos nessa realidade. Depois de alguns segundos de Sam me encarando em silêncio e me segurando em seus braços eu corei e decidi falar alguma coisa.

Primavera [fanfic MonSam]Onde histórias criam vida. Descubra agora