Capítulo XIII

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Vince B.

O barulho dos vidros sendo quebrados ecoaram pelo lugar.

-PORRA!-Joguei outra taça contra a parede. Comecei a andar em círculos, tentando pensar em alguma coisa, uma forma de recuperar Dylan.

-Senhor Black! Perdão, tivemos um pequeno- -Antes que um dos meus seguranças viesse dar uma desculpa qualquer eu o agarrei pelo colarinho.

-Se não quiser perder a porra que você chama de vida, mande todos atrás dos arrombados que pegaram o meu Dylan, ouviu? Eu quero todos, desde os de nível mais baixo até o meu braço direito. Rápido!-Gritei com ele, o jogando contra a parede.

Saí dali o mais rápido possível, não fazia nem cinco minutos que levaram Dylan, se eu correr o suficiente acho que consigo alcança-los.

Entrei dentro da Lamborghini e acelerei até a velocidade máxima. Havia um pequeno rastro de pneus na rua, o qual eu segui, segui por quase meia hora e chegando a um local precário.

Desci do carro, batendo a sua porta com toda a força sem me importar se ela poderia quebrar, e peguei minha arma, pronto para matar qualquer um que não fosse o meu Dylan.

Andei sorrateiramente pelos becos e ruas estreitas até localizar um carro de luxo estacionado em um canto qualquer. Me prontifiquei atrás de um muro e avancei sobre o carro, batendo o cotovelo contra a janela e quebrando-a. Antes de fazer qualquer coisa atirei no banco, na esperança de acertar algum arrombado, mas acertei o próprio carro.

"Merda Vince! Óbvio que eles sabiam que você viria atrás! Esses filhos da puta já devem ter trocado de carro e ido para outro lugar!"

Chutei a lataria do carro algumas vezes antes de me apoiar nele e simplesmente parar.

Um sentimento estranho começou a surgir dentro do meu peito, um aperto, uma angústia terrível. Eu comecei a rir como um maníaco em puro desespero.

-Cacete...Então é isso que minha mãe sentia quando meu pai me espancava?-Memórias ruins começaram a aparecer na minha mente e uma dor pior ainda cresceu dentro de mim.- Merda, sentir essa dor não vai trazer o Dylan de volta para mim!-Dei um último chute na lataria do carro antes de voltar.

Enquanto corria de volta para o meu próprio carro peguei o celular.

-"E aí Vince! O encontro deu cer-"

-Escuta, arrombado. Eles sequestraram o Dylan, eu já estou mandando todos procurarem ele e eu encontrei o primeiro carro usado por eles, vou te mandar a localização e quero que venha aqui e descubra de quem é esse carro.

-"Sim senhor."

A ligação foi encerrada e eu já havia chegado onde o meu carro estava, entrei nele e liguei. Antes de sair dali algo chamou minha atenção.

Um colar jogado no banco do carro, feito apenas por uma pequena linha preta e um pingente verde.

Arregalei os olhos. Aquilo era de Dylan.

Pelos dados que o Ray havia me passado sobre ele, aquele colar era a única coisa que Dylan possuía de sua falecida mãe, que pelo visto era muito próxima dele, e Dylan sempre o apertava quando sentia emoções ruins.

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