𝕱𝖑𝖞 𝕳𝖎𝖌𝖍 (Entre Capitães)

34 Capítulo

Miwa Kageyama
On

Minha mente está vazia, penso sobre minha solidão. Nunca fui uma pessoa com muitos amigos, sempre fui a garota problema. Sabe aquela que sofria com comentários e agressões? Essa era eu.

Algumas pessoas tinham medo, já outras, faziam coisas das quais eu prefiro esquecer que aconteceram comigo, principalmente no fundamental. Eu tive muitos poucos amigos, e hoje percebo que as coisas não mudaram muito...

Vamos por ordem, na infância não tive ninguém. As meninas cuspia em minhas comidas e jogavam arreia, e não era romântico como o Cardan e a Jude. Até que com 8 anos descobri o vôlei, com ajuda do meu avô que por milagre levantava cedo para treinar comigo. Depois que entrei no time da escola, me tornei forte fisicamente e mentalmente. Comecei a bater em qualquer um que ousasse me tocar ou zuar comigo.

No vôlei, me tornei amiga de Kyra Kimura, a japonesa mais linda que conheci. Ela era a capitã e fomos amigas ate os 11 anos, ela se mudou e nunca mais vi a mesma. Ela me tornou alguém sedenta por me torna a melhor, treinavamos todo o dia e éramos uma pela outra. Assim que ela se mudou passou o cargo de capitã para mim, anunciando meu reinado naquela escola.

O time da nossa escola foi formado pelas melhores jogadoras da academia, nossos treinos eram pesados e nunca medimos esforços para treinar.

Algumas pessoas continuaram a me odeiar, algumas até que tem motivos. Mas a inveja predominava muitas pessoas. Mesmo assim eu nunca abaixei a cabeça e sempre fui feliz, tinha meu irmão e o resto não importa, meu time era vitorioso e o resto não era nem quarta divisão.

Aos 13 anos conheci Kotaro Bokuto e Keiji Akaashi, em uma competição lá na capital. Eles jogavam pelo Fukurodani desde muito novos, até porque e uma escola de ensino completo. Esse jogo foi uma final super importante para todas as equipes que estavam presentes, eu estava nervosa só de lembrar o quão importante era.

Em dois anos conheci a amizade verdadeira. Parece brega não é? Mas esses meninos mudaram minha vida é minha forma de pensar.

Depois deles a única pessoa em questão de amizade que tive, foi a Hannah. Já conhecem minha história com ela né kkk. Agora tenho amigos e colegas, Daichi, Asahi e Suga são bem importantes para mim, e espero que os outros também se tornem meus amigos.

Pego meu celular novamente ao escutar uma notificação. Torço para ser Bokuto ou Akaashi, mas sou decepcionada ao ver uma solicitação de mensagem do Toru, entro em sua mensagem e aceito.

* Oii Yama, Boa tarde, estou no seu portão com o meu sobrinho. Ele queria te ver então se arrume e venha aqui! *

Não respondo e levanto correndo, coloco um short preto e continuo com meu cropped preto, pego o moleton do Tetsurō e jogo por cima o deixando aberto. Coloco meu assuna e corro até a porta.

- Oi pequeno Oikawa - Abro os braços e ele corre para me abraçar. Ele esta com o cabelo molhado e com uma roupinha leve, ele sorri e olha para cima ainda me abraçando. Um sorriso hesitante se abre no seu rosto.

- Yama! Eu queria tanto te ver - Sua risada e doce e muito leve, esse menino é tão especial.

- Eu também queria, veio fazer o que aqui? - Perguntei pegando o mesmo no colo.

- Vinhemos chamá-la para ir no parquinho com nós, meu tio deu a ideia! - Diz o pequeno ao meu colo.

- E mesmo Takeru? Bom saber - Coloco o mesmo ao chão e andamos em direção do Toru.

- Também senti saudades, ganho um abraço também? -  Toru sorri e abre os braços indicando um abraço. Dou de ombros e passo em sua frente junto ao pequeno que segura minha mão - Anotado isso Yama...

...

Ao observar o Takeru percebo o quão incrível ele é, mau chegamos aqui e ele já está brincando de pega pega com umas crianças que também estão acompanhadas pelos pais ou responsáveis. Sentada em um banco de madeira eu o observo, ao meu lado está Toru.

O sol está começando a se pôr, tingindo o céu com tons quentes de laranja e rosa. O parque, normalmente cheio de risadas e movimento, agora parece mais tranquilo, com poucas pessoas aproveitando a brisa da tarde.

Enquanto começávamos a caminhar juntos pelos caminhos do parque, percebi que Toru não conseguia evitar as provocações habituais. Seu olhar crítico percorria as árvores e as pessoas ao nosso redor, como se estivesse constantemente avaliando tudo.

- Então, como está seu irmão? - Ele perguntou abruptamente, quebrando o silêncio. A pergunta tinha um tom de curiosidade misturado com um certo desdém - Ainda treinar com aquele time chato de sempre?

A pergunta era uma mistura de interesse e provocação, e eu pude notar que ele estava tentando descobrir mais sobre minha vida, mesmo enquanto continuava a demonstrar uma certa hostilidade. A conversa seguiu em um ritmo meio tenso, com o garoto alternando entre momentos de sinceridade e observações mordazes, enquanto continuávamos a explorar o parque juntos.

- Você odeia meu irmão, mas não tira o nome dele da boca não é? - Realmente me incomodou ele perguntar sobre Kage.

- Gosto de te irritar, e falar dele te irrita bastante... - Ele responde fazendo uma pausa dramática. Seu olhar é de provocação, sinto queimar sobre mim - Você fica linda irritada.

Contínua...