11 Capítulo

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Miwa Kageyama
On

Estou sentada olhando para Tobio, eu já estava um pouco seca já tinha limpado o tênis e colocado atrás da geladeira, minhas roupas molhadas joguei na máquina.

Ele levanta e vai a cozinha. O que será que ele quer? Ele volta com chocolate quente.

- Pra você - Ele em entrega e eu bebo um pouco, isso tem caramelo e sinto gosto de chocolate alpino - E do jeito que você fazia para mim em noites assim... Tem caramelo, leite e leite condensado também acompanha nescal e aquele cholate lá que n sei falar direito o nome.

- Muito obrigada meu Kage - Sinto lágrimas em meus olhos, eles ardem - Lembra da madrugada que passamos vendo filme e tomando esse chocolate?

- Oh se lembro, eu lembro de você fazendo na cozinha enquanto eu escolhia alguns filmes da Disney, nesta noite em específico vimos A Dama e o Vagabundo, lembro que você chorou vendo o Vagabundo quase morrer...

- Ei não me julgue, sou apaixonada nele - Nesse dia meus pais tinham brigado então fiz de tudo para ele não reparar no clima horrível entre meus pais - Tobio, não é sobre isso que quer falar né?

Ele parecia tenso, suas mãos tremiam ele estava muito nervoso.

- Porquê me Abandonou Yama? - Eu sabia que seria isso...

- Eu não te abandonei, só que eu precisava ir - Não acredito que vou chorar - Se você soubesse o por que de eu ter ido...

- Você teve escolhas e fez uma, agora porque? - Ele já chorava.

- Você era pequeno demais para entender uma separação, a mamãe jogou TUDO para cima de mim, ela não me deu escolhas. Ela não me queria por perto então achou melhor me mandar para a Espanha pois segundo ela seria o melhor para mim, o papai tentou muito me fazer ficar, mas aquela loka não quis escutar e me jogou em um internato - Eu sabia que ia doer, mas não achei que seria tanto.

- Você não teve escolha? - Sua voz era trêmula.

- Kage se eu tivesse escolha eu escolheria cuidar do meu irmão, escolheria entrar em uma escola para jogar volei, escolheria você!

- Por que parou de me ligar? De me escrever? Por que me abandonou? - Droga, não acho que ele mereça ouvir o quê vou dizer.

- As coisas não eram fáceis lá, de início eu podia mandar mensagem e falar com você. Só que depois deixou de ser flores - Eu não queria me lembrar do que acontecia lá...

- Me conta, como posso entendê-la se não sei o que te ocorreu? - isso está se tornando uma discussão.

- Lá só se fazia uma coisa, estudar. De início parece uma maravilha tem pessoas legais os cuidadores também são legais, mas isso é só no primeiro mês. Quando cheguei tudo era liberado, podia mecher no celular ligar para a família e entre outras coisas, eu sai jogava. Era bem tranquilo, eu mantinha um contato com você e isso era muito importante - Ele estava muito atento.

- Lembro que você estava bem feliz mesmo - Ele fala triste.

- Passou alguns dias e a verdade começou a aparecer. Primeiro era as saídas, era proibido. Era da escola para o internato é só isso, se saíssemos éramos castigados e torturados. Depois proibiram o uso de celular, se usássemos vinha as agressões. Eles me torturaram muito Tobio, eu não aguentava ficar presa então quando eu nunca voltava da escola, sempre saia. Até que uma vez eles se estressaram e me amarraram em uma mesa - Retirei minha blusa ficando somente de top, mostrei minhas costas todas rasgadas cheias de cortes - Depois disso nunca mais fui eu mesma, me tranquei... Fiz oq tinha de ser feito. Estudava todo dia, aprendi a falar espanhol e quando o Pai ligou dizendo que ia me trazer de volta eu me alegrei, estava feliz em voltar a ter uma vida. Quando cheguei no aeroporto e vi só a mamãe, me coração quebrou - Eu já estava chorando desesperada, vi Tobio chorar e chorar - Eu nunca contei para ninguém, e nunca quis que você soubesse o quanto eu sofri com o divórcio dos nossos pais...

- Yama, eu sinto muito - Ele me abraçou muito forte - Me desculpa não ter te dado ouvidos, me perdoa por ficar com raiva, mas eu também sofri com sua ida, papai mudou e não era a mesma coisa sem você - ele me solta - Me desculpa mesmo Yama.

- Tudo bem meu pequeno, me desculpa também, eu poderia ter tentado mais para ficar - Sorri ao saber que estava perdoada.

- Eu te amo Yama, só não me abandona mais - Limpei as suas lágrimas.

- Eu também te amo, estou de volta e não planejo ir - Abracei o mesmo novamente.

- Ya--ma está me su-focan---do - Soltei o mesmo é damos risada juntos.

- Agora que conta, que história é essa de "Rei"? - Perguntei me lembrando do Tio do Oikawa e do Shoyo.

- Então... Lembra que eu falei que também fiquei mau com sua ida, acabei ficando bem frio, arrogante, egocêntrico, e depois que continuei no vôlei foi piorando... Quando eu jogava no Kitagawa Daiichi, eu fui apelidado de "O Rei da Quadra", as pessoas me achavam arrogante e soberano. O meu hábito de reclamar sobre o desempenho do time e gritar ordens fez com que os outros jogadores se revoltar contra mim, e em meio a um jogo todos os jogadores saíram da quadra. Me arrependi por ter me tornado assim, e agora no Karasuno estou melhorando aos poucos, mas tenho medo de ser desprezado pelo time... - Ele fala com dor em cada palavra.

- Então quer dizer que esse "apelido" não é uma coisa boa? - Ele afirma com a cabeça - Então não gosta ne?

- Óbvio que não, se é tonta? - Ele ri.

- Hoje, encontrei um menino que falou sobre você ser um Rei - Ele olha irritado.

- Como ele era? Qual o nome?

- Ele é alto, branquelo e tem um sobrinho chamado Oikawa Takeru

- Eu sabia, aquele mesquinho. Oikawa Toru, ele é um rival meu de um bom tempo - Ele tem um rival?

- Rival? Por que? - perguntei confusa...

Contínua...

𝕱𝖑𝖞 𝕳𝖎𝖌𝖍 (Entre Capitães)Onde histórias criam vida. Descubra agora