Tudo Que É Bom...

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Acordei com dor de cabeça, talvez eu tenha me excedido ontem, mas valeu a pena.

Sinto um aroma familiar e logo depois uma mão quente e macia deslizar em minhas costas para um abraço.

Olho para baixo e vejo seus cabelos castanhos e logo em seguida seu rosto angelical.

Jimin é, sem dúvidas, o homem mais bonito que eu já vi. E eu me sinto, a cada detalhe, mais apaixonado.

Ele lambe os lábios e lentamente abre os olhos, pisca algumas vezes e então encara meu rosto.

Um sorriso se forma em meus lábios e vejo quando seus olhos correm até minha boca, logo em seguida voltando a me encarar e sorrir.

Eu queria poder descrever como me sinto vendo isso em minha frente, a sensação de pertencimento me invade sempre que penso que sou o motivo desse sorriso.

- Bom dia... - Diz, a voz rouca típica de quando ele acorda.

- Bom dia, meu amor.

- Você está bem? - Pergunta um pouco sério.

- Sim...

- Você tem certeza?

[...]

Jimin foi para o campus, depois que cheguei do hospital, alegando que precisava devolver o quarto, prometeu voltar para dormir comigo.

Eu aceitei, porque realmente me lembro que combinamos de ir para o apartamento hoje, mas devido as circunstâncias eu vou esperar um pouco mais.

Acabou que ele ficou pelo campus, já que a chuva impediu a travessia para onde eu estava, e ele não queria ficar no apartamento sozinho.

Como ele tinha até depois de amanhã para devolver o quarto, optou por ficar por lá.

Eu fiquei irritado, mesmo entendendo o que aconteceu. Mas eu queria dormir com ele, senti-lo, beija-lo...

- Desculpa, eu prometo que amanhã eu durmo com você. - Disse, na ligação em que estávamos.

- Não só amanhã. - Aviso.

- Ok, meu amor, eu vou fazer o que você quiser.

- Muito bom... - Era exatamente o que eu queria ouvir. - Nada de voltar atrás.

- Eu não vou...

Ainda ficamos mais uns minutos na ligação, e hoje eu acordei sem Jimin e sem bateria no celular.

[...]

Eram oito da noite quando ele chegou, eu já estava a ponto de ir atrás dele.

As seis, ele me disse que estava saindo do campus. Eu não liguei para ele, e orientei a não atender ligações ao volante.

Mesmo que esse não tenha sido o motivo de eu ter sofrido o acidente, eu não estava com a minha atenção cem por cento na estrada naquele momento.

Então quando ele chegou, eu ja não tinha mais as unhas das mãos, por causa de tudo que passou pela minha mente.

- O que aconteceu? - Pergunto, abrindo a porta do carro e já abraçando ele, assim que ficou de pé do lado de fora.

- Foi... - Começa a falar, mas eu o aperto em meus braços. - O trânsito... Está bem movimentado hoje, é um show que está acontecendo eu acho...

- Nossa que aflição... - Falo ainda abraçado a ele. - Eu pensei que fosse por causa da chuva...

- Desculpa...

- Você não tem culpa... Vem, vamos entrar.

Como praticamente tudo do quarto já tinha sido enviado para o apartamento, Jimin só trazia uma mala média.

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