Se Não Tem Eunwoo, Vai Você Mesmo.

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Na segunda feira, depois desse final de semana assustador fui, como de costume, tomar café na cafeteria do Eunwoo.

Me sentei e aguardei até que chegou meu pedido. Eunwoo quem os levou, estava de blusa de manga longa preta e calça jeans.

- Bolinho de mirtilo, e... chá? - diz, provavelmente estranhando minha opção.

Nos dias de semana eu tomava Macchiato e o bolinho de mirtilo. Mas não podia tomar nada gorduroso por um tempo.

- Meu estômago não está muito legal, então estou consumindo apenas coisas simples. Como você está? - não conto a ele oque aconteceu, até porque nem posso. Muita vergonha.

- Oque houve com seu estômago? Por isso não veio ontem?- responde com outra pergunta.

- Ah, nada demais. Só estou um pouco enjoado, e sim foi por isso que eu não vim.

- Entendi. - ele olha ao redor de mim. - e não vai a aula hoje?

O costume é uma droga. Eunwoo sabe que eu sempre saio dali direto para a aula.

- Hoje não, como eu disse meu estômago está estranho. Ficarei nos dormitórios, só vim tomar café mesmo.

- Se eu soubesse tinha levado até você. Não precisava vir aqui. - diz, colocando a xícara em minha frente e logo em seguida o pratinho com o bolinho.

- Um serviço de delivery? Achei que não tivesse, obrigado.

- E não tem, mas por você eu levaria. - diz e sorrir.

Porra, como não se apaixonar por esse homem?

- Ah Woo, você é sempre tão gentil. Mas realmente não precisava.

- Certo. Fique bem Ji, eu vou precisar sair do país e demorarei a voltar, espero que se cuide.

- Para fora do país? Quando? Por quanto tempo?

- De duas a três semanas, eu vou amanhã - ele toca no meu cabelo arrumando minha franja. - Então se cuide.

- Eu vou fazer isso. Não se preocupe. - falo desanimado.

- Quando eu voltar... Esquece, se cuide.

Sorrio para ele e ele se aproxima mais de mim.

- Eu vou sentir falta de ver esse sorriso, como senti ontem.

A aproximação dele me fez ofegar, porque meu coração disparou.

- Eu... Eu... Também. - engoli a seco.- vou sentir sua falta.

Ele se aproxima do meu rosto e me dá um selinho. Sim, ele me deu um selinho.

Não tive tempo de entrar em combustão pois ele se afastou rapidamente e entrou na cozinha.

- Minha nossa senhora. - eu falo e olho ao redor.

Tinha apenas uma moça olhando fixamente para o celular, e mais ninguém. Agradeci mentalmente e comecei a tomar meu café.

[...]

Voltei para o quarto, e decidi que não vou ficar todos esses dias que o médico me afastou em casa.

Aproveitando esse dia livre, organizo minha parte do quarto, e estranhamente a parte do meu colega não me incomoda.

Na hora do almoço, Tae e Hobi vieram até meu quarto e almoçamos juntos.

- Um mês? - Hobi diz sugando o resto de coca cola da latinha. - ele sabe que em um mês muita coisa pode acontecer né?

- Você diz isso para pessoas normais, como eu não sou, minha vida vai continuar igual. Menos a parte da virgindade, essa eu faço questão de ter mudado quando ele voltar.

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