Deletado

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Acordei, do que para mim, pareceu uma noite de sono.

Abro os olhos, mas tenho dificuldade de abri-los completamente, além da claridade, parece que um deles não abre direito.

Toco o lado direito do meu rosto e dói, sinto meu olho inchado. Levanto minha mão esquerda e há uma tala nela.

- Jungkook? - Ouço a voz de Hanna.

Tento olhar na direção da voz e a vejo. Lembro, quase automaticamente, que estávamos na pousada na noite anterior, mas não estamos mais?

- Onde..? - Tento questionar, mas meu rosto dói.

Hanna se aproxima de mim, com seu rosto bem próximo ao meu, lembro-me de sonhar com cabelos castanhos, neve e mãos pequenas, tento trocar em seus cabelos e ela sorri.

Ouço a voz do meu pai e desvio o olhar para ele, mas não consigo vê-lo, ouço-o chamar por minha mãe, que logo aparece na minha frente e me abraça.

Ela pergunta, com a voz embargada, se eu estou bem, se sinto alguma coisa.

- Meu rosto dói. - falo e ela me encara. - O que aconteceu?

- Você sofreu um acidente meu amor, mas agora está tudo bem.

Ela volta a me abraçar, mas não demora muito, logo um rapaz de cabelos loiros aparece do meu lado esquerdo.

Seus olhos estão inchados e ele sorri quando toca em meu rosto, e olha profundamente em meus olhos.

É um contato estranho, já que não nos conhecemos. Acaba me deixando sem jeito, então desvio o olhar.

- Jungkook? - Ele me chama e agora soa aflito.

Olho para o garoto que ainda me encara, seus olhos estão confusos e ele parece triste.

- Quem é você? - Pergunto. E só esse esforço para tentar lembrar dele me traz pontadas a cabeça.

Sua expressão muda, de sério para assustado.

- Você... você, eu... Você não sabe quem sou eu..? - Pergunta, e vejo sua aflição.

- Não... - Ele me conhece, me chamou pelo nome. - Você é... - Olho para Hanna, pode ser um amigo dela. -  É seu amigo Hanna?

Vejo Hanna, minha mãe e meu pai, olharem para mim um pouco confusos. E Hanna desvia o olhar do meu para o rapaz.

- Ele é... É... - Ela começa a gaguejar, e eu tento lembrar dele, mas tudo que vem na minha mente é neve, mãos pequenas e cabelos castanhos.

Minha cabeça da uma pontada mais forte e logo em seguida outra. E eu sinto ânsia de vômito.

Ainda estou com os olhos apertados, pela dor excruciante, quando ouço um barulho e vejo que o rapaz caiu no chão.

Meu pai corre até ele, se agacha ao seu lado, uma mulher com roupas claras entra no cômodo, se aproxima de mim e toca em algo próximo a minha mão.

Eu não consigo manter meus olhos abertos, a dor é muito forte então eu os fecho e apago.

[...]

Não sei quanto tempo se passou, abro meus olhos e sinto algo prendendo minha mão direita.

Olho para a direção e vejo cabelos castanhos, e reconheço Hanna. Será que era ela em meu último sonho?

Desvio o olhar, procurando por meus pais. Não sinto mais dores, meu olhar ainda está a procura, ao redor do quarto, quando vejo minha mãe com um homem parada próxima a porta, e meu pai está com o rapaz loiro e uma mulher de roupas claras.

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