4 | Raio de sol

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A N N A

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A N N A

Quando saí do bar, o ar frio da madrugada parecia quase revitalizante. Eu caminhava pelas ruas iluminadas, meu pensamento ainda voltado para o encontro com Catherine. O que acabara de acontecer foi uma mistura de sentimentos antigos, e eu me via refletindo sobre cada palavra e gesto. Enquanto caminhava, lembrei do beijo sutil que dei em Catherine. Foi um toque leve, acidental, pois eu queria beijar sua bochecha. Entretanto o que senti foi um lembrete de que, apesar dos anos e das escolhas, havia algo entre nós que ainda não estava resolvido. Algo que me fez questionar se havia uma chance de nos reconectar ou se estávamos condenadas a ficar sempre presas no que poderia ou não ter sido. A conversa foi sincera, e as palavras de Catherine ainda ecoavam na minha mente quando cheguei em casa, sentindo uma mistura de alívio e ansiedade. Ao contrário de mim, estava tudo tranquilo, com apenas a luz suave do abajur iluminando o corredor. Entrei e encontrei Ally na cozinha, parecendo cansada e preocupada. Era para ela ter ficado com Candace apenas esta tarde, mas as coisas acabaram se estendendo.

— Anna, que bom que você voltou! — Exclamou Ally, com um tom de alívio na voz. — Candace estava chorando muito. Ela não quer dormir e estava bastante agitada.

— Sinto muito por ter demorado. — Respondi, tirando o casaco e me aproximando. — Eu não sabia que ela estava assim. Vou para o quarto dela agora.

Ally balançou a cabeça, um olhar de compreensão nos olhos.

— Eu estava quase indo para casa. Não queria ficar até tão tarde, mas pensei que você precisaria de ajuda.

— Não se preocupe com isso agora. — Disse eu, tentando suavizar a situação. — Já está tarde e você não precisa voltar para casa por causa disso. Pode ficar e dormir no meu quarto com Leo, se quiser. Eu vou ficar com a Candace e garantir que ela se acalme.

Ally pareceu aliviada com a oferta.

— Tá bom, Anna. Eu realmente agradeço em não ter que voltar. Vou me acomodar e tentar descansar um pouco.

— Sem problemas. — Respondi, com um sorriso cansado. — Vá se acomodar e durma bem, minha irmã. Vou cuidar de Candace.

Dei um abraço em Ally e fui até o quarto de Candace, onde ela estava deitada na cama, ainda chorando suavemente. Sentei-me ao seu lado e comecei a acariciar seu cabelo.

Shhh, querida, estou aqui agora. O que houve? — Perguntei suavemente, tentando esconder a preocupação na minha voz. Ela me olhou com os olhos marejados, e minha filha pareceu tão pequena e frágil naquele momento.

— Eu tive um pesadelo, mamãe... — Sua voz era quase um sussurro.

— Sobre o que foi, meu amor? — Questionei, tentando manter a calma, mas já sentindo um nó se formar no meu estômago. Candace hesitou, como se estivesse tentando encontrar coragem para dizer. Então, com a voz trêmula, ela finalmente falou.

O Tempo Que Perdemos | ⚢ (EM HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora