Oito

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NINGUÉM O AVISOU. Não houveram notícias na televisão. E pelos dois anos que se seguiram, Rogers acreditou que sua amada feiticeira estava reclusa, seguindo a vida fora da nova formação da equipe dos Vingadores.

Imaginava o que ela estaria fazendo agora. Talvez estivesse assistindo aqueles filmes antigos que gostava de assistir. Ou tocando violão. Ninguém sabia tocar violão como ela. Ou fazendo aqueles biscoitos amanteigados com gotas de chocolate. Eram os favoritos dele.

"— Estão quentes, cuidado! — a jovem mulher avisou, quando Steve mordeu um dos biscoitos que houvera acabado de sair do forno. — Eu avisei...

O capitão era tolerante à dor, mas uma queimadura ainda doía para valer de qualquer jeito.

— Porra — ele xingou, largando o biscoito na bandeja e fazendo uma careta.

— Olha a língua — ela sorriu brincalhona. Ele adorava quando ela usava o feitiço contra o feiticeiro. Rogers sempre foi muito restrito ao uso do linguajar.

Katerina ficou na ponta dos pés para soprar a boca dele. Teve que puxá-lo um pouco para baixo. E aquilo acabou em um beijo acalorado com o corpo dele pressionando o corpo pequeno dela contra a bancada da cozinha."

— E como está Katerina? — foi a primeira pergunta que Steve fez ao chegar em Wakanda. Estavam prestes à travar uma guerra contra seres do espaço e naquele momento o Tratado de Sokovia não valia de nada.

Rhodes olhou para Steve sem saber como dizer aquilo. Imaginava que ele já soubesse o que havia acontecido. Pensou que Tony havia contado há dois anos atrás por meio de uma carta, sei lá.

Como contar para o amor da vida de alguém que aquela pessoa morreu? E como dizer que foi tentando protegê-lo?

TRIAL | steve rogersOnde histórias criam vida. Descubra agora