TRIAL | steve rogers

Dez

SE VOCÊ PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, para onde iria? Quem gostaria de ver uma última vez? O que você faria certo desta vez?

Rogers conhecia bem à si mesmo. Ela fez tudo por amor à ele, engana-se quem acha que ele não faria tudo por amor à ela. Voltar no tempo. E fazer coisas que nunca achou que poderia fazer um dia.

Katerina fugiu com ele naquele dia.

Ela morreria se ficasse ali. Então ele a salvou.

— Para onde estamos indo? — ela perguntou, a mão unida à dele enquanto corriam para longe daquela pista de decolagem sem quem ninguém os percebesse.

— Não faça perguntas. Não agora. — o capitão a levava para um lugar seguro onde pudessem fazer aquilo certo. Esperava que ela acreditasse nele. Ela tinha que acreditar nele.

E acreditou.

— Isso é louco. Mas faz sentido — Katerina entendeu tudo o que ele disse sobre viagem no tempo e salvar ela e fazer tudo certo. E também quando ele a beijou e disse que a amava.

— Eu não vou sair daqui sem você, Katerina — Rogers balançou a cabeça em negação enquanto segurava o rosto dela entre seus dedos. — Eu só tenho duas passagens e nós vamos para 1945. E vamos ter o nosso filho. A nossa casinha no Brooklyn. E... — usou uma das mãos para segurar uma das mãos dela. — ...envelheceremos juntos.

Aquilo tudo parecia um sonho do qual a feiticeira não queria acordar. Ela olhou para o céu e viu o avião partir. Então quer dizer que o avião sempre decolaria com ou sem a ajuda dela. O Steve que ela daria a vida para salvar estava dentro daquele avião — mas o Steve que daria a vida para salvar ela estava bem aqui. Eram o mesmo. Ele voltou por ela. E ela iria com ele.