Luto; Ressignificação; Recomeço

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15/06/2016

"- Alyssa, e se eu não puder engravidar.- Eloise andava de um lado para outro com um envelope na não.

- Ei! Pare um pouco. Relaxa amiga! Sei que não sou ninguém pra dizer isso, mas, seja positiva!

- Aly, se Mark não passar por aquela porta agora, sinto que vou surtar!- Se joga na cadeira.- Sabe que há uma possibilidade de...

- Não diga isso, Eloise Miller! Tenho fé de que esses resultados serão positivos. E independente do resultado estaremos aqui te dando toda força e apoio.- Abracei.

- Só você pra entender minhas loucuras.

- Você me entende.- Gargalhamos.

Escutamos a porta se abrindo.

- Amor, cheguei! Oi, Aly.- Olhou para as mãos de Elo.- Esses são?

Eloise sacudiu vagarosamente a cabeça, afirmando. O que o fez sentar ao seu lado.

- Saiba que independente do resultado podemos tentar outro jeito.- Selou um beijo na testa dela.

Os dois se entreolharam. Parecia correr uma energia, algo que não podia ser explicado. Pelo menos não por mim.

Eloise rasgou o envelope desdobrando o resultado dos exames de fertilidade que fez semana passada.

Eloise depois que casou queria ter certeza que engravidar não seria um risco para ela ou para o bebê. Sua mãe morreu por ter hiperventilação, os seus pulmões não aguentaram a pressão do parto.

Então, para se prevenir. Eloise realizou todos os exames necessários pra ter certeza que realizaria seu maior sonho.

Lemos o documento rapidamente. Quando Eloise leu o último parágrafo, saltou da cadeira.

- Posso ser mãe!- Chorou de alegria.

Mark a abraçou e não se segurou.

- Parabéns! Disse que era só ser positiva.- Seco uma lágrima que escorreu.

- Obrigada, amiga!

- Dá vontade de gritar para todo Ligonier que posso engravidar.- sorriu.

- Então vamos comemorar!- Mark a beijou."

E se Eloise tivesse realizado seu sonho? E se ela não tivesse morrido?

"E se...", "E se...", "E se..."

Afundava em um mar de memorias, alguns boas e muitas outras ruins.

Queria voltar a superfície, mas me debater só fazia com que afundasse mais. 

Então fechei os olhos. Cada imagem mais vívida que a outra.

Verdades Obscuras: O Mistério do Assassinato de EloiseOnde histórias criam vida. Descubra agora