Capítulo 2

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"Quando você vai contar a ele, Diaz?" Hen se aproxima furtivamente de Eddie enquanto ele fecha a porta do caminhão de bombeiros.

"Dizer o quê a quem?" Certamente ele estava escondendo o motivo exato por trás de sua estranheza muito bem, ou pelo menos ele pensava assim. Ele começa a entrar em pânico um pouco. Se alguém fosse entendê-lo, seria Hen.

"Quando você vai contar ao Buck que o motivo de você estar agindo tão estranho é porque você não suporta vê-lo com Tommy?"

"Eu não me importo que ele esteja com Tommy." Eddie ainda tenta se fazer de bobo, só para garantir que Hen não esteja falando o que ele acha que ela está falando. "Eu não sou homofóbico nem nada."

"Eu sei que não é, então resta uma explicação. Você tem que contar ao Buck porque ele está correndo por aqui, perguntando a todos, menos a você, qual é o seu problema. Você está deixando o pobre garoto louco."

"Não sei do que você está falando- "

"Vamos, Eddie, você realmente quer que eu diga isso em voz alta?"

"Fine Hen, eu tive alguns sonhos estranhos... desde que ele me contou, mas não fiz nada a respeito. Não fiz nada de errado- "

"Olhe para a cara daquele garoto na próxima vez que estiver perto dele e me diga que não fez nada de errado." A ideia de deixar Buck triste parte o coração de Eddie, mas...

"Galinha, eu não consigo fazer isso."

"Ok, tudo bem. Você não quer contar a ele, eu entendo. Mas ou você conta a ele, ou você supera isso porque eu não aguento mais olhar para ele daquele jeito por mais um dia." Eddie acha que ele também não consegue. Se ele tiver que ver Buck daquele jeito todo dia até que esses sonhos parem, ele pode ter que pedir uma transferência.

"Nem eu." Eddie finalmente suspira e olha para Buck, então ele pensa em perdê-lo. Ou ele conta a ele, ou não conta, de qualquer forma ele não consegue pensar em uma maneira de escapar disso com Buck ainda ao seu lado.

Buck tem olhado de soslaio para Eddie no bar desde que eles chegaram, e isso tem se tornado cada vez mais óbvio a cada dose que ele toma. Eddie tem tentado controlar seu ritmo, sabendo que se beber demais, falará demais. Ele não tem tido muito sucesso. Ele tem que beber alguma coisa para lidar com a dor de reviver seus sonhos toda vez que Buck olha para ele. Finalmente, Buck ganha coragem para realmente falar com Eddie.

"Você me odeia ou algo assim?" Sua voz é severa, como se ele estivesse praticando como dizer isso em sua cabeça, o que ele estava fazendo.

"Buck, não, eu-"

"Então o que é, Eddie?" Seu nome, Buck acabou de dizer seu nome e ele só queria ouvir isso de novo. "Eddie?" De novo, apenas observe seus lábios se movendo. Observe-o fazer algo para chamar sua atenção. "Eddie..." não mais seus lábios, seus olhos. Ele está triste, quase chorando. Não, não quase, há uma lágrima caindo em seu rosto. "Só me diga que você não me odeia, Eddie-" ele nunca mais quer ouvir Buck dizer seu nome daquele jeito, tão magoado e "Eu acho que eu poderia lidar com qualquer outra realidade além daquela em que você me odeia." Mesmo uma em que ele o amasse?

"Eu nunca poderia odiar você." Ele coloca uma mão na lateral da bochecha de Buck e enxuga uma lágrima, então afasta a mão o mais rápido possível. Para Eddie, tocar em Buck é desejá-lo, e ele não pode ter isso.

"Então me diga, Eddie." A lágrima que ele havia removido já estava substituída por outra. "Me diga o que é, e eu conserto."

"Nada precisa ser consertado, Buck. Nada além de mim." Ele diz a última parte baixinho, e com o bar tão alto, ele reza para que Buck não o tenha ouvido.

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