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Dimensão N° 5.150 - Zona neutra, fora do espaço tempo.

Bill Cipher estava recostado na poltrona de seu espaço terapêutico, a cicatriz de glitch em seu corpo pulsando com uma energia inquietante, vestindo um macacão alaranjado. O psicólogo, uma figura calma e serena, o observava com um olhar atento e um sorriso leve, refletindo paciência e interesse genuíno.

As paredes da sala eram completamente azul claro, sem quadros ou objetos. Havia duas poltronas em frente uma com a outra e uma mesinha de centro com um gravador no meio das duas.

- Percebi que tem demonstrado uma certa resistência nas últimas sessões para reconhecer seus erros, Bill. - Começou o psicólogo, sua voz era suave. - Quero que saiba que este é um espaço seguro, tudo o que você disser aqui ficará entre nós. As gravações são apenas para fins de estudo, acessíveis somente a mim.

- Ah, qual é, Xalzinho! - Bill retrucou com um misto de tédio e irritação em seu tom. - Já falei um milhão de vezes que terapia é uma perda de tempo. Se Axolote fosse realmente tão poderoso quanto eu, ele entenderia a minha grandiosidade. Mas em vez disso me lançou aqui com um bando de idiotas que não chegam nem aos meus pés. - O psicólogo anotou algo em seu fichário.

- Você acha que está apenas perdendo tempo, mas já considerou que talvez esteja evitando enfrentar algo mais pessoal e significativo? Às vezes, nosso comportamento é um reflexo de medos ou inseguranças que preferimos não encarar.

- Eu não tenho medo de nada. A única coisa que evito é ser manipulado por essas armadilhas psicológicas.

- Entendo seu ponto de vista, Bill. mas a terapia não é sobre controle, e sim sobre compreensão. - Respondeu. - Que tal falarmos sobre o incidente da 2ª dimensão hoje?

O sorriso de Bill desapareceu, substituído por uma expressão de pura irritação. Um silêncio tenso pairou no ar.

- Muito bem... - O psicólogo anotou algo novamente. - Parece ser um tópico sensível para você, sempre tenta evitar. Podemos abordar isso mais tarde se preferir. - Bill o encarava com frieza.

- Não há nada relevante sobre eles que você possa usar contra mim. - Ele falou com um tom defensivo, sua voz revelando uma frustração.

- Não estou aqui para usar informações contra você, Bill. Estou aqui para ajudar a explorar o que pode estar influenciando seus sentimentos e comportamentos.

- Eu sempre tive talentos, todos sempre tentavam reprimir eles. - Bill respondeu.

- Pode me dizer, de que maneira eles o reprimiam? - Perguntou a Bill.

- Ah, você sabe, de um jeito totalmente inútil. Ignorando minhas ideias brilhantes, me dizendo que eu não devia me meter em coisas que estavam além do meu alcance. - Bill respondeu impaciente. - Como se eu não soubesse o que estava fazendo! Eu via além do que qualquer um deles podia imaginar, e mesmo assim me tratavam como se eu fosse o problema. Eu só queria que eles entendessem que existia algo mais do que aquele mundo limitado que nos cercava.

- Isso fez você se sentir irritado com eles?

- Por que continua com essas perguntas estúpidas? - Bill estreitou o olho, enquanto o ameaçava. - Você devia tomar cuidado com o que diz pra mim. Quando eu me libertar, vou acabar com este lugar miserável.

- Entendo. Parece que há muita raiva dentro de você. Vamos trabalhar nisso juntos, Bill.

- Não há raiva nenhuma! Eu sou super tranquilo, não há nada de errado nas coisas que eu faço!

- Bem, Parece que o nosso tempo acabou, Bill. - Disse fechando seu fichário e desligando o gravador. - Por que não se acalma durante a sua hora do fantoche?

- Hm, finalmente eu vou fazer uma que preste. - Ele disse sarcástico, enquanto se retirava da sala.

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Era hora de descansar, alguns dos habitantes de Teraprisma não tem a necessidade de dormir, mas a regra é que todos estejam em suas celas prismas no mesmo horário para que recarreguem suas energias e voltem mais animados para continuarem seus tratamentos de desenvolvimento de redenção.

Bill arrancou o pôster da parede de sua cela mais uma vez, mesmo sabendo que ele sempre reapareceria intacto. A mensagem no pôster dizia: "Seja um triângulo esforçado!", o que sempre irritava Bill, pois ele desejava se livrar daquela imagem, mas o pôster nunca desaparecia daquela parede.

Mas Bill não ia deixar isso o abalar, muito menos as palavras daquele psicólogo pretensioso, que acha que sabe de tudo, mas na verdade não sabia de nada. O tal de Oris Xal vivia rotulando Bill de psicopata com complexo de superioridade e narcisista, mas ninguém se importa com o que aquele idiota pensa.

Mas mesmo assim, Bill está impotente no momento, tudo por causa da barreira ao redor da Teraprisma que bloqueava completamente seus poderes. Exceto é claro, pelo seu querido livro que embora fosse apresentado como um mero livro terapêutico, na verdade se tornou uma ponte de comunicação entre ele e a Terra, criado durante uma de suas horas de artes e artesanato.

Com o livro, Bill podia atormentar Stanford por um longo tempo durante sua terapia infinita. Mesmo quando Stanford conseguiu se livrar do livro, Bill ainda conseguia invadir seus sonhos para se entreter.

Mas ao chegar no reino dos sonhos, Bill encontrou a porta de Ford trancada. Como ele ousava bloquear o acesso assim? Para Bill, isso era imperdoável.

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As chances que eu te dei - BILLFORDOnde histórias criam vida. Descubra agora