As chances que eu te dei - BILLFORD

Capítulo Dezoito

Devo alertar aos mais sensíveis, que esse capítulo irá abordar cenas mais pesadas, como insinuações de violência e sangue, é só isso, valeu 🙌

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Finalmente, Bill comemorou mentalmente por ter conseguido chegar à cabana sem interferências. Sentia o corpo começar a ceder ao cansaço, fazendo ele se lembrar de que nesse novo receptáculo, precisaria atender às necessidades

Ainda assim, ele não se importou com os sinais de alerta. As pernas doloridas e a respiração mais pesada devido ao esgotamento. Com algum esforço, conseguiu abrir a porta e se certificou de que a área estava segura antes de entrar.

Assim que teve acesso ao laboratório, Bill começou a revirar tudo, examinando cada canto do lugar em busca do que desejava. Ele não se importava se fosse pego no ato ou se Ford aparecesse para o confrontar, sua única preocupação era conseguir o que queria, pois nada mais o impediria.

Enquanto procurava, Bill não encontrou nada de útil, nenhuma peça. No entanto, sabia que Ford não jogaria nada fora. Conhecia ele o suficiente para saber que não era capaz de abrir mão de suas conquistas, mesmo que fossem perigosas.

- Onde é que o seis dedos os escondeu!? - Murmurou sozinho, tão nervoso que queria descontar sua frustração em algo ou alguém.

Passou o dia inteiro com pessoas testando seus limites. Sempre foi um ser que conseguia o que desejava dos outros, com uma habilidade de manipulação invejável. No entanto, agora se sentia um fraco e patético. Havia tantos humanos inferiores atrapalhando, e ele não podia os estrangular quando queria. Isso o deixava mais louco do que já era.

Foi durante essas horas de distração que Cipher foi pego de surpresa. Uma rajada de uma arma atingiu ele por trás, acertando uma parte de sua orelha e fazendo o seu óculos escuros caírem no chão.

- Eu sabia que era você. - Stanford disse quando o homem se virou para procurar a origem do ataque. Sem os óculos escuros para tapar os olhos de Bill, os mais atentos notariam que eles brilhavam em um tom amarelado.

- Fordsy! - Ao contrário do esperado, Bill não ficou irritado. Na verdade, ele começou a sorrir, como se estivesse feliz em ver Ford novamente. - É claro que você me reconheceria~

Stanford permanecia sério e concentrado, ainda com a arma apontada para o demônio, preparado para qualquer tipo de ataque que pudesse vir de surpresa.

- Você parece um pouco tenso, que tal relaxar um pouco? - Bill ignorou a ameaça da arma, se aproximando enquanto seu sangue fazia rastro pelo caminho. - Sabia que esse é o corpo de alguém? Quer mesmo machucar um inocente só porque você me odeia?

- Seria um sacrifício que valeria a pena, se for para salvar o universo inteiro. - Ford respondeu com a voz firme, sem hesitar enquanto Bill chegava perto.

- É por isso que você é o meu favorito~ Temos tanto em comum, não é? - O sorriso dele começou a parecer distorcido, como se revelasse as segundas intenções gradualmente conforme andava.

- Eu não-

Mas Ford foi interrompido no meio de sua frase quando Bill o acertou com um soco no rosto, tendo o seu pescoço agarrado e sendo empurrado ao chão. O homem permaneceu por cima dele, o sangue de sua orelha pingando nas roupas e no rosto de Stanford.

- Tão fofo~ O jeito que você me desafia. - Mesmo habitando um corpo humano, Bill emanava uma presença aterrorizante quando queria. Seu sorriso sinistro fez um arrepio percorrer a espinha de Ford, enquanto seu pescoço estava sendo apertado cada vez mais forte. - Acho que acabei te dando liberdade demais, não é?