apaixonada pela "Vilã"

dia 20

Dia 20

Sai da faculdade, era 19 horas, a festa começaria as 22:00, iria para casa tomar banho, como ninguém além de mim, foi para a aula hoje, pelo menos os da minha sala, eu sai sozinha, Yui também nao tinha ido, avisou que estava se preparando, coloquei a mochila nas costas e saí da universidade, decidi ir para casa caminhando afinal não morava tão longe, era quase 36 minutos de caminhada, coloquei meus fones de ouvido, e segui meu caminho, morar em cidade do interior e engraçado, ruas pequenas, estabelecimentos simples, e o pior é que quase todos dormiam cedo, como já era 19 horas, os estabelecimentos já estavam se preparando para fechar, as 22 já estavam quase todos dormindo.
Atravessei a rua, e escutei meio abafado uma lata de lixo cair a uns 200 metros atrás de mim, nao ouvi direito devido a música alta, olhei para trás e não tinha ninguém.
Franzi a sobrancelha estranhando, mas provavelmente devia ser um gaxinim, mais duas músicas tocaram o que devia ter passado 6 minutos, quando senti a sensação de ter alguém me seguindo, quando olhei para Trás tinha um homem estava longe, não perto de mais para conseguir me agarrar, e nem longe demais para eu conseguir correr e fazer ele me perder de vista, ao olhar em seus olhos vi a maldade, já vi isso nos olhos de uma pessoa a 12 anos atrás, eu senti meu coração acelerar ele me olhou e me mandou um beijo, eu não precisava de muito, eu sabia o que ele queria.
Eu apressei o passo, e escutei ele acelerando também, devido a música alta somente escutei um som abafado, e duas latas caindo, olhei para trás assustada, e o homem sumido, apenas seu tênis estava ali, apenas um par, então eu corri o mais rápido que pude, pois provavelmente ele se escondeu para me distrair, então corri, e corri, até que enfim cheguei em minha casa, entrei  e tranquei as portas e janelas, olhei para ver se ele estava ali, mas não estava, escutei o barulho de coisa caindo na cozinha e dei um grito, mas logo vi quem era

Yoko: meu Deus Bartolomeu, quase mata sua dona do coração.

Miau, foi tudo que ele me disse, Bartolomeu era meu gato, ele estava comigo desde neném, minha mãe me deu ele quando nasci, e ele ficou comigo, desde aquele trágico dia.

Coloquei ração para ele e fui tomar um banho, e de novo comi macarrão, eu deitei e demorei a dormir, deixei a tv ligada em um desenho qualquer para ter um som de fundo, então eu dormi agarrada ao Bartolomeu

******
Acordei tudo estava escuro, eu ouvia vozes e risadas, mas não sabia da onde vinha, senti meu coração acelerar, eu não sai a onde estava, então saí andando, eu queria achar onde saia, então comecei escutar crianças correndo

Yoko: caralho, onde estou?

Escutei alguém me chamando

Yoko: mãe?

Yoko: mãe, cadê você?

Eu andava na escuridão sozinha, eu ouvia gritos, ouvia minha mãe me mandando correr, mas eu não queria correr dessa vez, então Começei a procurar, eu me sentia suando frio, meu coração doia de tão angustiado, eu olhava para uma pequena fresta de luz, e tinha sangue, muito sangue.

Yoko: maeeeee

*****

Eu acordei gritando, meu coração doia, e eu comecei a chorar.
Bartolomeu se aproximou, e então eu o abracei, e meu choro foi cessando, eu me acalmava sempre que abraça ele, parecia que tinha um calmante nele

Yoko: ta tudo bem amiguinho, foi só mais um daqueles sonhos sobre aquele dia

Miau

Quando ele miou me senti ainda mais calma, ele começou a ronronar e eu voltei a dormir, não sonhando dessa vez