Pov Tati

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Olá gays!!! Votem e comentem😽😽

Segunda-feira. Hoje é segunda-feira, e eu odeio segundas-feiras.

Estamos no ateliê, eu e minha mãe. Luana está tirando as medidas dela; do quadril, dos braços, e tomando nota.

Eu odeio tirar medidas. Odeio.

Minha mãe escolhera um tecido bege para ela, que eu acho que vá ficar lindo. Se não ficar, Luana fará com que fique. Sempre faz.

O modelo do meu vestido é lindo. Curto, justo, com as costas semi-nuas, apenas com umas tirinhas que segurarão o vestido em meu pescoço. Terá uma fenda na minha perna direita, e, o mais importante de tudo, ele é preto. O tecido preto é um cetim, delicado e macio.

Como estilista, Luana também já decidiu minhas joias. As que mais combinam com o vestido e comigo.

Eu não estou nada animada para esse evento. Meus encontros com Medina estão acontecendo com maior frequência agora, e já até postamos uma foto "juntos".

Ok. Não é exatamente "juntos". Apareceu minha mão na foto dele, e eu postei uma foto com a camisa que ele usou no dia do campeonato. Eu penso em tudo, eu sei. O que posso fazer? Ser incrível está no meu sangue, nasci assim.

Mas falando sério, foi uma ótima ideia. As especulações da mídia andam a todo vapor. Isso inclui, fotos nossas de mãos dadas, fotos abraçados, andando lado a lado, e fotos fugindo das fotos.

Um perfeito "Namoro proibido". Um perfeito Cavalo de Troia.

- Vem Tati, sua vez. -Luana me chama, abrindo a cabine onde ela estava com minha mãe. Faço cara feia, mas não reclamo.

Subo numa espécie de banquinho, e abro meus braços, para que ela possa medir minha cintura.

- O que você e o Medina faziam juntos sexta? -ela toma notas em um bloquinho.

- Não estávamos juntos. -falo com o máximo de nojo que consigo juntar.- Teoricamente. -completo com um certo suspense.

A morena levanta o olhar para mim, arregalando os olhos e abrindo levemente a boca.

- Teoricamente? Por que teoricamente? -cruza os braços.

- Porque teoricamente a praia é pública.

- Mas o Medina não costuma ir no Long Island. Costuma?

- Você anda stalkeando ele, Silva? -aproveito para desviar o assunto.

- Ai Tatiana, deixe de ser sonsa. Eu sou fanfiqueira, por favor, me alimente. Vocês ao menos se falaram? -fala, pousando a mão no quadril.

- Não.

O plano está funcionando, pelo menos.

- E o Miguel? -imito seu gesto. Luana não me responde.

Ela se afasta, colocando a fita métrica no pescoço e se sentando em sua mesa.

- Vai ficar lindo. -diz, do nada.

- O Miguel? -me aproximo para sentar na cadeira em frente à mesa.

- Seu vestido Tatiana, o vestido.

- E o Miguel?

- O que tem ele? -pergunta, indiferente.

Ela é uma péssima mentirosa. E eu sou muito boa em ler pessoas.

- Vocês não se resolveram?

- Ah, mais ou menos. Eu vou na casa dele hoje. Precisamos conversar.

- Entendo. -digo por fim.

Será que ele vai pedir a mão dela hoje? HOJE!?

- Me avisa de tudo. Sério Luana.

- Por...? -arqueia as duas sobrancelhas.

- Porque vocês são almas-gêmeas! Você ama ele, e ele ama você. Vocês vão se resolver.

Batidas ecoam na sala e em seguida a porta é aberta.

Cláudio Medina entra na sala, e eu escuto vozes abafadas no corredor. Gabriel.

- Ah, me desculpe. -começa a fechar a porta. - Já acabamos senhor Medina. - Já te chamo. -minha amiga sorri, alegremente.

- Mas o que diabos...?
- Eles também vão fazer um terno. O Percy tá ai. -ignoro sua piscadinha.
- Já acabamos? -pergunto, ela concorda.- Então tchauzinho.

Luana ainda não sabe, mas assim como a mídia, ela tem especulado algumas coisas.

Me levanto da cadeira e saio da sala, lançando um olhar de "espero respostas" à Luana.

Passo por Cláudio no corredor, ele acena para mim, que, educadamente, retribuo. Nem sinal de Medina.

 Farce of love (Tati and Medina)Onde histórias criam vida. Descubra agora