Capítulo 11 - Nas Mãos do Desejo

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Eduardo esperou que Leo dissesse algo, qualquer coisa, mas o silêncio entre eles era perturbador. Ele olhou para Leo, mas este nem sequer retribuiu o olhar, permanecendo voltado para a janela, com uma expressão de aborrecimento evidente. Eduardo estava confuso. Ele não conseguia entender as atitudes de Leo ou o motivo de terem se encontrado. Era como se sua presença fosse um incômodo, uma pedra no sapato. Leo parecia detestar sua proximidade, e a cada segundo aquilo apertava o peito de Eduardo.

Tudo o que ele queria era proteger Leo. Sentia o peso da culpa por tudo o que havia acontecido, e, ao mesmo tempo, a confusão de seus sentimentos o estava levando à beira da loucura.

Finalmente, Leo quebrou o silêncio, sua voz entediada perfurando o ar pesado dentro do carro.

— Para aqui.

Eduardo obedeceu automaticamente, parando o carro à beira de uma rua movimentada. Era fim de semana, o calor da noite havia levado as pessoas para fora de casa. Grupos se divertiam ao redor, rindo, conversando, mas dentro do carro o clima era completamente diferente.

— Quer caminhar um pouco? — Eduardo perguntou, confuso.

Leo, então, virou-se para ele. Seu olhar estava carregado de algo malicioso, e um sorriso provocador curvou seus lábios. Em um movimento rápido e inesperado, Leo se aproximou, agarrando a nuca de Eduardo com firmeza. Seus rostos estavam perigosamente próximos, e Eduardo mal teve tempo de reagir. Seu corpo ficou tenso, e seus olhos fixaram nos de Leo, incapaz de desviar.

— Vamos nos divertir um pouco. — Leo sussurrou, sua voz carregada de provocação, mas com uma frieza que deixou Eduardo completamente desconcertado.

O coração de Eduardo acelerou, o calor subindo pelo seu corpo. Ele sentia a proximidade de Leo como um choque elétrico. Seus olhos caíram involuntariamente para os lábios de Leo, vermelhos e tentadores. Tentado pelo desejo, Eduardo inclinou-se para beijá-lo. Mas, antes que seus lábios pudessem se encontrar, Leo interrompeu o movimento com uma mão firme no rosto de Eduardo, criando uma barreira entre eles.

— Nada de beijos. — A voz de Leo soou autoritária, cortante.

Eduardo sorriu de forma sarcástica, tentando disfarçar a frustração.

— Sem essa, Leo... Eu quero te beijar.

Leo o empurrou com força, afastando-o bruscamente. Sua voz saiu fria e monótona, sem qualquer emoção.

— Não tô nem aí pro que você quer. Quem manda aqui sou eu.

Eduardo percebeu o jogo que Leo estava jogando. Ele queria testar sua paciência, transformá-lo em um peão para seu próprio prazer. E Eduardo não podia reclamar. Afinal, foi ele mesmo quem havia sugerido que Leo fizesse o que quisesse com ele.

Frustrado, Eduardo baixou a cabeça, apoiando-a nos braços cruzados sobre o volante. Olhou para o lado, resignado, antes de perguntar em um tom de derrota:

— Afinal, o que você quer que eu faça?

Leo respondeu imediatamente, sua voz cheia de autoridade.

— Quero que você se masturbe.

Eduardo ergueu o olhar, incrédulo.

— Aqui? No carro?

— Aqui. — A resposta de Leo foi firme. — Você não disse que eu podia fazer o que quisesse com você?

Eduardo soltou uma risada baixa, incrédulo com a situação. Passou a mão pelo rosto, ainda tentando processar o que havia acabado de ouvir.

— Leo... Tem pessoas passando por aqui.

Leo deu de ombros, completamente desinteressado.

— E qual é o problema?

Eduardo se aproximou de Leo, sua voz agora baixa e carregada de sedução.

— Nunca imaginei que você fosse tão pervertido.

Leo ignorou o comentário, mantendo sua expressão de aborrecimento, mas Eduardo notou algo. Havia uma leve mudança no rosto de Leo, como se ele não estivesse tão à vontade quanto queria aparentar.

Eduardo se afastou ligeiramente, e então começou a desabotoar lentamente sua camisa, deixando seus movimentos mais sensuais e provocativos de propósito. Ele queria testar Leo, empurrá-lo até o limite. Os olhos de Leo seguiram cada movimento, incapaz de evitar a atração pelos músculos expostos de Eduardo.

— Tá gostando do que vê? — Eduardo provocou, sua voz um sussurro carregado de malícia.

Leo desviou o olhar, claramente desconfortável, mas Eduardo não deixou passar despercebido o leve rubor que tomou conta das bochechas de Leo. Aquilo o deixou ainda mais quente.

Sem pressa, Eduardo tirou o cinto, e a tensão entre eles aumentou. Leo tentava manter sua fachada de indiferença, mas Eduardo podia ver claramente que ele estava reagindo. O corpo de Leo estava mais rígido, seus olhos evitavam encontrar os de Eduardo.

— Não desvia o olhar, Leo. — Eduardo exigiu com um tom sedutor. — Foi você que pediu por isso. Agora, vai ter que assistir até o fim.

Leo, mesmo tentando manter o controle, não conseguiu evitar que seu rosto ficasse ainda mais vermelho. Eduardo sorria para ele, satisfeito com o efeito que estava causando.

Finalmente, Eduardo tirou seu pau para fora, seus movimentos lentos e calculados, com os olhos fixos em Leo o tempo todo. Ele começou a se tocar, os movimentos inicialmente suaves, demorados. O corpo de Eduardo tremia com o prazer que começava a subir.

— Tá gostando do espetáculo? — Eduardo perguntou, sua voz agora ofegante e provocativa.

Leo tentou desviar o olhar, mas Eduardo não o deixou. Aproximou-se, segurando firmemente o queixo de Leo e forçando-o a olhar.

— Eu sei que você quer me tocar. — Eduardo sussurrou com a voz carregada de desejo.

Leo tentou resistir, mas Eduardo pegou sua mão e a colocou diretamente em seu pau pulsante e quente. O toque fez Eduardo fechar os olhos por um momento, um gemido baixo escapando de seus lábios. Sua respiração ficou mais pesada, o prazer crescendo de forma quase insuportável.

Eduardo orientou a mão de Leo sobre seu pau, ditando o ritmo dos movimentos, o prazer aumentando a cada segundo. Seu corpo todo estava em êxtase, e ele mal conseguia pensar em outra coisa além do calor que corria por suas veias.

A tensão aumentava dentro do carro, o som das vozes lá fora era abafado pela intensidade do momento. Eduardo podia sentir que estava perto de gozar, mas, de repente, Leo apertou firmemente seu pau, impedindo o orgasmo de acontecer.

Eduardo ofegou, olhando para Leo com frustração, mas também com surpresa. O sorriso malicioso de Leo o encarava de volta, e ele soube naquele momento que estava completamente nas mãos de Leo.

— Você só pode gozar quando eu mandar. — Leo disse, sua voz calma, mas com uma autoridade inegável.

Eduardo gemeu de frustração, seu corpo tremendo com o desejo contido.

— Caramba, Leo... Você quer me matar?

Leo sorriu largamente, satisfeito.

— Na verdade, até quero. — Ele disse, com um tom sarcástico, mas havia algo mais profundo em suas palavras. Eduardo percebeu que agora estava nas mãos de Leo, o brinquedo dele, totalmente submisso a seus caprichos.

Mas, naquele momento, Eduardo não sabia como deveria se sentir. Tudo o que sabia é que queria mais. E que faria o possível para aproveitar cada segundo daquele jogo perigoso.

Socos e SussurrosOnde histórias criam vida. Descubra agora