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Gustavo estava certo de que iria morrer de ataque cardíaco essa noite, mas agora tinha impressão de que seria por uma razão totalmente diferente.

Ele esperou por alguma surpresa, ou talvez ser arremessado ao outro lado da sala sem querer, qualquer reação nessas linhas, provavelmente até merecia isso, honestamente, mas nada aconteceu.

O loiro apenas ficou ali, parado. Talvez decidindo oque fazer, ou só raciocinando o acontecimento.

Estavam agarrados, bem agarrados.

Se os outros estavam ou não prestando atenção neles, eles nem sabiam, mas achavam que não, pois não gritaram e nem fizeram muito barulho.

Ao perceber o que havia feito, precisou controlar-se ao máximo para não permitir que saísse do controle e surtasse alí mesmo, afastando-se rapidamente.

- Desculpa por isso - desviou o olhar para qualquer outro ponto, não sabia como não havia gaguejado, mas só virou para o lado para esconder a vergonha.

Então ele ouviu uma risada.

- Eu sabia que você tinha medo desses filmes, mas não sabia que era tanto - apesar de tentar manter sua voz nivelada, havia um profundo entretenimento em seu tom.

Gustavo não tinha nem como se defender, então ele não disse nada, voltando a "prestar atenção" na televisão como uma criança emburrada.

Não que agora ele estivesse conseguindo prestar atenção em muita coisa, porque a proximidade Vitor somado ao que havia acabado de acontecer era, aparentemente, bem desconcertante para o seu cérebro idiota.

Quando aquele filme acabou, a pausa foi mais curta, apenas para que todos que precisavam fossem novamente ao banheiro e logo que retornaram, o próximo filme já foi colocado.

Gustavo foi se sentindo cansado, conforme o tempo ia passando, bocejando constantemente.

Nem estava mais se importando muito com as cenas diante de si, achando aquele terceiro filme bem menos pior que o anterior.

Seus olhos foram ficando mais e mais pesados, até que ele se rendeu.

O problema é que em sua mente enevoada pelo sono, a sensação de um corpo quentinho e aconchegante perto do seu era incrível e ele se sentiu acomodando-se sem reservas, sentindo-se extremamente confortável.

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Gustavo abriu os olhos, piscando várias vezes, um pouco desorientado, mas percebendo que já era de manhã, porque estava tudo iluminado.

- Que coisa mais linda! - uma voz fina ecoou pela sala. Ana pelo jeito.

- Eu não acredito nisso, Bruna pega seu celular, rápido! - a garota dizia dando pulinhos de alegria.

A primeira coisa que o moreno viu ao finalmente conseguir focar em alguma coisa, foi uma câmera de celular apontada para sua cara, antes mesmo de se dar conta que ele e Vitor estavam agarradinhos um no outro no sofá.

De alguma forma, ele tinha caído no sono, mas sequer se lembrava em que momento da noite eles tinham mudado de posição.

Gustavo estava meio que abraçando a cintura do loiro, que tinha um de seus braços seguros ao redor de seus ombros, enquanto com o outro, ele meio que o abraçava também.

Como se os dois fossem um casal.

O garotos sentia suas bochechas queimando, talvez elas estivessem literalmente em chamas naquele momento.

Aparentemente, Vitor tinha um sono bem mais pesado, porém quando abriu os olhos, foi mais rápido em perceber seus arredores e a situação em que se encontrava, arregalando os olhos e se virando para o garoto ao seu lado, como se tivesse tomado um choque.

Ambos estavam olhando um ao outro sem entender, mas se sentiam confortáveis assim.

Apesar dos amigos ficarem falando sobre o novo casal e finalmente ambos tomarem tal iniciativa, para os garotos já foi um grande passo.

O moreno lançou um olhar suave para o loiro,se sentindo a pessoa mais sortuda do mundo. Vitor não pensou que era possível alguém explodir de felicidade, ele explodiria ali mesmo.

Apesar dos amigos ficarem falando sobre o novo casal e finalmente ambos tomarem tal iniciativa, para os garotos já foi um grande passo.

Eles esperavam que aquele fosse o primeiro de muitos outros momentos que passariam juntos.

Mesmo que a ocasião não seja tão romântica assim.

𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora