Valkaria

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  A brisa matinal de Valkaria fazia os cabelos loiros de Khaled esvoaçarem suavemente enquanto ele caminhava pelas ruas de paralelepípedos da Baixa Vila de Lena

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  A brisa matinal de Valkaria fazia os cabelos loiros de Khaled esvoaçarem suavemente enquanto ele caminhava pelas ruas de paralelepípedos da Baixa Vila de Lena. O sol nascente tingia o céu com nuances de laranja e rosa, lançando um brilho acolhedor sobre as fachadas das tavernas e teatros, que começavam a despertar para mais um dia. O bairro boêmio estava repleto de uma energia vibrante, mesmo nas primeiras horas da manhã.

  Khaled, um Qareen com uma beleza quase etérea, movia-se com uma elegância natural. Seus olhos azuis brilhavam com a luz do amanhecer, e a tatuagem circular em seu pescoço irradiava um tom roxo sutil. A blusa que usava, revelando seu abdômen tonificado, exibia seu estilo extravagante com a confiança de quem sabe ser observado e admirado. Ele era a personificação da arte, um talento herdado de sua mãe, Veronica, uma alfaiate cuja fama se espalhara por suas criações excepcionais. Ao abrir a porta da loja, o som do sino tilintou suavemente, ecoando pelo interior. A luz do sol, que filtrava através das janelas, iluminava os tecidos coloridos e preenchia o ambiente com o aroma de lã e seda. Veronica, com seu cabelo ruivo vibrante brilhando à luz, levantou os olhos do vestido que ajustava. Seu sorriso caloroso iluminou o rosto, acolhendo o filho com um carinho inconfundível.

- Bom dia, meu filho, - disse Veronica.

Khaled inclinou-se e beijou a bochecha da mãe.

- Bom dia, mãe, - respondeu ele, a voz misturando-se com a brisa fresca que entrava pela porta. - Lá fora está absolutamente esplêndido. Sinto que algo extraordinário está prestes a acontecer, e estou pronto para ser parte disso, com todo o glamour que mereço.

Antes que Veronica pudesse responder, a porta se abriu novamente. Um mensageiro entrou, e o som do sino acompanhou sua chegada. Com uma expressão grave, ele estendeu um pergaminho lacrado com o selo. Khaled, com as mãos ligeiramente trêmulas, pegou o pergaminho e quebrou o lacre com um gesto cuidadoso. Seus olhos estavam fixos na mãe, que observava com uma ansiedade. Desenrolando o documento, Khaled leu as palavras que pareciam saltar do pergaminho:

"Caro Khaled, é com grande entusiasmo que informamos que você foi selecionado para os testes de admissão na Academia arcana. Os testes terão início em uma semana. Prepare-se e desejamos boa sorte."

O pergaminho escorregou das mãos de Khaled, caindo suavemente sobre o balcão de madeira. Seu peito se encheu. Veronica, sem hesitar, lançou-se para um abraço apertado, suas lágrimas misturando-se com o brilho da manhã.

- Isso é magnífico! - exclamou ela. - Estou imensamente orgulhosa de você!

Khaled hesitou, o coração acelerado e a mente embaralhada. "Eu... não sei o que pensar. Preciso organizar as ideias." Nos dias seguintes, sua vida virou uma mistura de afazeres e sentimentos. Ele se jogava de corpo e alma nas práticas de magia, nos ensaios de suas canções, como se cada palavra e cada movimento carregassem uma urgência silenciosa. Veronica, sempre ao seu lado, costurava peças com a mesma delicadeza que sabia escolher as palavras certas para confortá-lo. Seu apoio era constante, uma presença que o acalmava. Quando o dia da partida finalmente chegou, Khaled abraçou a mãe com força, o peito cheio de expectativas e um toque de nervosismo.

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