Quarto escuro I

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Tudo era um completo breu, um espaço preenchido completamente pela escuridão, nada a qualquer palmo a frente era visível. Suzane sentia um dor tremenda em sua cabeça, uma sensação terrível de enjoô e uma grande vontade de vomitar, toda a sua memória de eventos passados até que ela se encontrasse naquele, tudo parecia ter sido apagado com uma borracha. Em comunhão com o breu, um cheiro terrível invadia sua narina, uma mistura de carne podre com enxovre, ou algo parecido e extremamente forte. Sem saber muito o que fazer  Suzane se levantou e tentou tatear pela sala, buscando alguma porta ou algo parecido para que ela conseguisse sair do ambiente.

Caminhando ás cegas pela sala, a mulher sentia seus pés se esbarrando em vários objetos desconhecidos mas seu medo de tocar tais coisas em meio ao escuro apenas a fez prosseguir, chutando as coisas com a ponta dos pés para longe. Depois de tanto tatear as paredes, suas mãos tocaram um material diferente, algum tipo de metal, não foi difícil identificar que se tratava de uma porta, mas Suzane não conseguiu encontrar uma maçaneta em lugar nenhum.
A porta então foi aberta repentinamente, o que fez Suzane cair para trás em meio ao susto, seus olhos se fecharam com o repentino "ataque" de luz. Quando finalmente foi capaz de abrir os olhos, pode descobrir quais eram as coisas que atrapalhavam seu caminho pela sala e um grito horrorizado saiu por seus lábios. A sala estava repleta de ossos humanos e outros corpos em decomposição, sendo o mais recente deles uma garota de idade próxima a de Suzane, o corpo possuia metade de seu corpo, tudo abaixo de seu tronco havia sido arrancado e uma massa nojenta de orgãos destroçados e repletos de sangue se espalhavam pelo chão abaixo do que havia de corpo.

Suzane então percebeu a presença de um homem a sua frente, que possuia um sorriso desdenhoso em lábios, parecia sentir prazer em ver o medo estampado no rosto da jovem a sua frente. Percebendo o que estava prestes a acontecer, Suzane se levantou e tentou correr porta afora, sendo agarrada em pouquíssimos segundos pelo homem, que agora ria de sua situação deplorável.

— ME SOLTA, ME SOLTA, ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR.

Se debatia inúltimente contra o ser que a agarrava, mas o corredor se silênciou quando, em um golpe cuidadoso, o homem misterioso atingiu a cabeça de Suzane com um martelo que portava em mãos. A mulher apagou de maneira instantânea, o sangue quente começando a escorrer de sua cabeça e a pingar no chão. O homem então jogou Suzane sobre os ombros e começou a carregá-la pelo corredor, um rastro de sangue sendo deixado para trás.

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⏰ Última atualização: Aug 28 ⏰

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