A noiva cadáver

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— Eu espero ter ajudado de alguma maneira, sei que vocês irão a encontrar logo.

Disse as policiais, dando um pesado suspiro.

A mais de duas semanas, Diana, minha namorada, estava desaparecida. Cada dia que se passava, as esperanças de que ela algum dia seria encontrada viva diminuia e isso estava deixando sua família muito mal, o que me fazia visitá-los quase todos os dias para os apoiar de alguma maneira. Dona Rosa, minha sogra, estava muito abalada com toda essa situação, estava cada dia mais difícil para mim e para o senhor Augusto, meu sogro, acalmarmos a mulher. Em determinadas noites, precisava até mesmo dormir ali para ajude senhor Augusto com a histeria de sua esposa.

Como faziam pelo menos uma vez ao dia, os policiais escarregados do caso vieram a casa dos meus sogros para lhes dar atualições da situação, sendo mais uma vez negativas, fazendo o rosto de Dona Rosa se preencher outra vez de lágrimas sofridas, era de se partir o coração ver a esperança de encontrar sua filha com vida se esvaindo de seu olhar a cada dia que se passava, foi preciso entãp de bom minutos comigo, os policiais e o próprio senhor Augusto ao redor da pobre mulher para conseguir lhe acalentar naquele momento. Me impressionava em ver como meu sogro se encontrava forte diante a situação, era claro que lhe doía e lhe machucava o desaparecimento da filha mas ele fazia de tudo para não demonstrar aquilo à esposa e a apoiar da melhor maneira que pudesse. Aproveitando-me da saída dos policiais da residência, calculei que também já estava no meu horário de voltar para casa.

— Bem, eu também já vou indo, fique bem, Dona Rosa.

Pronunciei, acariciando cuidadosamente a mão da senhora chorosa, que portava uma xícara de chá que eu lhe havia preparado para que ela se acalmasse um pouco mais em relação as notícias que havia recebido naquele minuto. Com um aceno breve, cumprimentei meu sogro e deixei a casa, dirigi em meu carro até minha casa, um trajeto de menos de 10 minutos. No momento que adentrei em minha casa, passando brevemente na cozinha para preparar uma pipoca de micoondas, afinal, o que era uma noite de cinema sem uma boa pipoca. Tendo finalmente terminando com meus serviços na cozinha, fui até a sala de estar, sorrindo ao notar que ela ainda estava ali, como eu havia a deixado.

Diana ainda estava sentada no sofá, os olhos abertos mas sem vida, sua cabeça pendia levemente para trás devido ao grande rasgo que havia em sua garganta. O sangue seco fazia um pelo contrante na pele branca de seu pescoço e em seu vestido de tom identico. Minha linda Diana, morta desde o dia em que desapareceu, não poderia deixar meu anjo voar para longe de mim e cair nas mãos de um demônio irracional, ele acabaria toda sua pureza angelical.

— Pensei em assistir seu filme favorito hoje, meu amor, o que acha?

Questionei com um sorriso enorme em lábios, ajeitando sua cabeça com cautela para que ela se deitasse sobre meu ombro, ligando então o pequeno televisor que havia ali.

Vale dos EsquecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora