Regra dos 3 encontros

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Coloquem numa lista de leitura e comentem pra quem sabe me incentivar a não sumir e largar de mão. Início de fic é sempre um porre porque não sobe de jeito nenhum.

São 20:00h de uma sexta-feira à noite, e eu estou sentada em um sofá de couro preto no bar da rua 42 em frente a epítome da gostosura feminina, Wednesday Addams.

Eu a encontrei aqui porque eu não queria passar por aquele momento estranho das apresentações na porta de casa, muito menos, submetê-la à voz estridente de Yoko e ao seu interrogatório intenso. Eu aprendi isso da pior maneira, alguns meses atrás, quando Ethan me ligou para me pegar no caminho de um show e Yoko agiu como uma colegial com tesão durante as férias de primavera. Foi tão hilariante quanto humilhante.

O bar está bem cheio, já que é uma noite de sexta-feira, mas conseguimos pegar uma pequena mesa de canto, longe da multidão e do barulho. Ela voltou do bar, e eu morro de rir quando Wednesday coloca a bebida na minha frente. Claro que ela pegou para mim Sex on the beach. Estou começando a pensar que ela é uma dessas pessoas que têm uma ideia e faz o que é necessário para conseguir o que quer. Gostaria de saber que outras ideias ela pode ter para esta noite.

Peguei o canudo entre os meus dois dedos, mexendo a bebida, antes de baixar lentamente os lábios nele e tomar um longo gole. Eu não consigo abafar meu gemido diante do sabor delicioso. É como se fosse uma salada de frutas fazendo uma festa na minha boca e todos estão convidados.

— Porra, isso é bom — eu murmuro, olhando para Wednesday. Ela tem um leve sorriso no rosto.

— Sex on the Beach é sempre bom — ela diz com uma sobrancelha levantada.

Eu não posso me segurar. Eu começo a rir como uma menina da escola. Ela fez isso de novo, me mostrando o incrível senso de humor que ela tem. Se eu pudesse fazê-la rir de novo, eu seria a garota mais feliz do bar.

— Claro que você iria me trazer isso, não é?

— Não critique até experimentar, linda.

Há algo no jeito que ela me chama de linda que acende um fósforo dentro de mim. Eu ruborizo, mas não quebro o contato visual com Wednesday quando eu respondo com um aceno atrevido da minha cabeça. — Eu não saberia. Nunca tentei. Há alguns lugares que a areia simplesmente não deve ir.

— Isso é um aviso ou uma promessa? — Ela pergunta, sem perder uma batida.

Agora, isso faz meus olhos se arregalarem. — Ainda é cedo. Vamos ver como isso vai ficar depois do nosso terceiro encontro — eu digo com uma piscadela, e seus olhos brilham de emoção com a sugestão.

— Mal estamos em nosso primeiro, e você já está planejando o nosso terceiro encontro? Você é uma mulher intrigante, Enid Sinclair — ela diz, olhando diretamente para mim, me paralisando com seu olhar.

— Bem, minha mãe sempre me disse para estar bem preparada — eu digo com um falso sotaque do sul.

— Esse é um bom conselho. O que mais ela disse? — Wednesday pergunta com um sorriso.

— Não fale com estranhos no metrô — eu retruco, tomando mais um gole da mágica bebida frutada. Eu não sei o que tem nela, mas eu gosto e os arrepios que está criando no meu corpo são uma adição bem-vinda também.

Ela ri. Não é uma gargalhada profunda como ela deu no metrô, que quase me fez gozar ali mesmo, no entanto, é cativante. — Sua mãe é uma mulher inteligente. E o que você acha sobre encontrar pessoas estranhas no metrô — Ela pergunta, tomando um gole de sua garrafa de Miles. Eu posso ver um brilho de diversão em seus olhos, mesmo no bar escuro.

Ruin The Friendship | Versão WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora