Da tempestade ao conforto.

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(Alguns dias depois)

{Pov: Tomioka}

Eu estava indo para a floresta, até que vejo o Iguro e o Sanemi. Me aproximo dos dois, mas logo eles fazem uma cara de desprezo.

Paro de frente a eles e fico os olhando, tentando entender por que me olham assim.

Sanemi: O que foi, idiota?

Iguro: Quer problema, é?

Tomioka: Eu só vim para passar o meu tempo e acabei encontrando vocês. Posso ficar por aqui?

Sanemi: Claro que não, né? Sai fora!

Tomioka: Mas eu só queria...

Antes que eu pudesse terminar, Obanai segura meu haori com muita força. Sinto o tecido esticar e, quando percebo, ele rasga meu haori ao meio. Seguro a mão dele, tentando soltar, mas ele aplica mais força, e o barulho do tecido se rompendo ecoa no ar.

💭Tomioka: Meu... Haori...💭

Iguro joga a parte rasgada do haori no meu rosto. Sanemi se aproxima e me empurra para trás, o olhar cheio de desdém.

Sanemi: Você realmente acha que vamos ser seus amigos? Não seja idiota!

Lágrimas se formam nos meus olhos. Tento segurá-las, mas a tristeza toma conta. Pego meu haori rasgado e saio dali rapidamente.


(Algum tempo depois)

Chego em casa, jogando o haori no chão. Meu coração parece pesado, e eu me jogo no futon, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Tomioka: Sabito... Tsutako... Me desculpem. Não consegui cuidar direito do haori...

A chuva começa a cair lá fora, acompanhando meu estado de espírito. O som das gotas batendo contra o telhado só intensifica o vazio que sinto.

Tomioka: Por que dói tanto?

Fecho os olhos, abraçando o pedaço de haori que resta, buscando algum conforto nas memórias de quem eu perdi. Mesmo na tristeza, prometo a mim mesmo que vou me fortalecer. Vou continuar, por eles.

(Algumas horas depois)

A chuva continua a cair lá fora, e o som suave das gotas me faz sentir um pouco mais calmo, embora a dor no peito ainda esteja presente. Ainda deitado no futon, meu olhar está perdido na escuridão do quarto. Os pensamentos de Sabito, Tsutako e do que aconteceu hoje mais cedo continuam girando na minha mente.

Ouço um barulho fraco vindo da porta, como se alguém estivesse hesitando em bater. Por um momento, penso que estou imaginando coisas, mas o som se repete, um pouco mais firme desta vez.

Levanto lentamente e abro a porta com cuidado. Fico surpreso ao ver Sanemi ali, completamente encharcado da chuva. Ele olha para o chão, claramente desconfortável, e não diz nada por alguns segundos.

Tomioka: Sanemi? O que você está fazendo aqui?

Sanemi levanta a cabeça, parecendo estar em conflito interno. Ele respira fundo e finalmente fala, sua voz um pouco hesitante.

Sanemi: Eu... vim falar com você.

Seus olhos evitam os meus, como se ele estivesse se forçando a estar ali. Eu apenas observo, esperando que ele continue.

Sanemi: Olha... sobre mais cedo... Eu acho que... eu passei do ponto.

Eu fico em silêncio, surpreso por ouvir isso. Sanemi nunca se desculpa. Nunca. Ele começa a ficar impaciente com o silêncio, as mãos tremendo levemente.

Como eu pude amar ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora