pensamentos confusos

20 4 1
                                    


A manhã havia começado tranquila, com o sol filtrando sua luz suave através das cortinas da casa de Tomioka. Sanemi, ao abrir as janelas para deixar o ar fresco entrar, observava Tomioka ainda na cama, seus olhos fechados e respirando calmamente. A febre de Tomioka havia diminuído, mas ele ainda estava visivelmente cansado. Sanemi se aproximou, tentando não fazer barulho para não perturbá-lo.

Pensamento de Sanemi: “O que eu estou fazendo aqui? Por que me preocupo tanto com ele? Mas, na verdade, eu não consigo me imaginar longe dele agora. Esse idiota realmente conquistou meu coração.”

Sanemi:
— Bom dia, Tomioka. Dormiu bem? — perguntou, com um tom mais suave do que o habitual.

Tomioka:
— Melhor que ontem, Sanemi. — A voz de Tomioka estava um pouco rouca, mas a febre parecia ter dado uma trégua. — Ainda me sinto um pouco cansado, mas acho que já posso sair um pouco.

Pensamento de Tomioka: “Ele realmente ficou ao meu lado todo esse tempo. Não posso deixar de me sentir grato e... talvez, um pouco mais do que isso. Será mesmo que eu o amo?”

Sanemi:
— Nada de exageros, Tomioka. Se eu tiver que te carregar de volta, te jogo no riacho mais próximo. — Sanemi tentou esconder a preocupação por trás de uma provocação.

Tomioka:
— Parece justo. — Tomioka sorriu, um sorriso leve que fez o coração de Sanemi bater um pouco mais rápido.

Depois de um café da manhã simples, Sanemi e Tomioka decidiram que um pouco de ar fresco faria bem a Tomioka. Eles saíram juntos e caminharam em direção ao bosque próximo. A caminhada estava confortável, com a conversa fluindo naturalmente entre eles.

Sanemi:
— Você nunca disse por que decidiu se tornar um caçador. Sempre pareceu algo tão distante da sua personalidade calma.

Tomioka:
— Não há uma razão específica. Foi uma decisão que fiz há muito tempo e que acabou moldando quem eu sou. E você, Sanemi? Por que se tornou um caçador tão rigoroso?

Pensamento de Sanemi: “Agora ele me pergunta algo que eu realmente não quero falar. Mas talvez seja hora de abrir um pouco mais.”

Sanemi:
— Eu... bem, eu acho que é apenas uma maneira de lidar com tudo o que aconteceu. Faz sentido para mim estar aqui, mesmo que nem sempre pareça assim para os outros.

Enquanto conversavam, o som de um corvo ecoou pelo bosque. O pássaro pousou em uma árvore próxima e começou a gritar, interrompendo a conversa.

Corvo:
— MENSAGEM! MENSAGEM URGENTE! SHINAZUGAWA-SAN, VOCÊ DEVE...

Pensamento de Sanemi:
“Ótimo, só o que me faltava. Sempre tem que ser na hora errada.”

Sanemi:
— É sempre assim. Quando começamos a conversar de verdade, algo aparece para nos interromper. — Ele murmurou, visivelmente frustrado.

Tomioka:
— É, parece que o universo tem um jeito peculiar de intervir. — Ele riu de leve, tentando aliviar a tensão.

De volta à casa de Tomioka, ambos estavam sentados perto da lareira. A conversa se tornou mais pessoal, e Sanemi começou a sentir-se mais vulnerável, embora não demonstrasse isso.

Sanemi:
— Então, como você está se sentindo? Mais forte agora?

Tomioka:
— Sim, definitivamente melhor. Obrigado por ficar comigo, Sanemi. Não acho que conseguiria passar por isso sem você.

Pensamento de Tomioka: “Quão grande é minha dívida com ele? Não apenas por agora, mas por tudo o que ele fez por mim. E esse sentimento... é tão confuso.”

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 21 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Como eu pude amar ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora