Na Velocidade do Amor

Capítulo III

"Eu acho que é importante ser um bom piloto na pista e uma boa pessoa fora dela." - Jenson Button

Na manhã seguinte, Phuwin estava na sala VIP junto com sua equipe, observando atentamente a classificação. A sala era luxuosa, com grandes janelas de vidro que ofereciam uma vista panorâmica da pista, enquanto várias telas exibiam os detalhes da classificação em tempo real. Phuwin ainda estava abalado pelo sonho da noite anterior, mas tentava manter o foco nas atividades do dia.

O ambiente era tenso, e Phuwin não conseguia deixar de prestar atenção no desempenho de Pond. Apesar de saber que Pond enfrentaria uma punição de dez posições no grid, ele ainda estava determinado a garantir uma boa classificação. Pond estava indo muito bem, tendo avançado para o Q3, a fase final da classificação.

Na Fórmula 1, a classificação é dividida em três partes: Q1, Q2 e Q3. No Q1, todos os pilotos participam, e os mais lentos são eliminados. No Q2, o processo se repete, com mais alguns pilotos sendo eliminados. Apenas os mais rápidos avançam para o Q3, onde competem pela pole position, a posição de largada mais importante. No entanto, com a punição, mesmo que Pond conseguisse a pole, ele começaria dez posições atrás.

Phuwin observava com atenção cada volta de Pond na pista. O piloto estava determinado, dando tudo de si para garantir a melhor posição possível. A habilidade e a precisão de Pond eram impressionantes, e Phuwin sentia seu coração acelerar a cada volta.

Conforme o Q3 avançava, Pond continuava a melhorar seus tempos, mostrando por que era considerado um dos melhores pilotos do mundo. Mesmo sabendo que a punição o faria largar mais atrás, Pond parecia imperturbável, focado em dar o seu melhor. Phuwin, que havia começado o dia tentando deixar o sonho para trás, agora se via completamente envolvido pela adrenalina da classificação, torcendo silenciosamente para que Pond conseguisse o melhor resultado possível, independentemente da punição

Apesar de não ter o carro mais rápido do grid, Pond estava se saindo surpreendentemente bem na classificação. Ele conhecia aquela pista como a palma da mão, cada curva e cada trecho sinuoso, o que lhe dava uma vantagem que seus rivais, com seus carros mais potentes, não conseguiam alcançar. Sempre foi um especialista em volta lançada, capaz de extrair o máximo desempenho em momentos cruciais, e isso estava ficando evidente conforme ele avançava no Q3.

O fato de nunca ter vencido em casa antes na sua carreira era algo que sempre o incomodava. Não era por falta de habilidade, mas sim resultado de uma série de infortúnios—estratégias equivocadas, problemas técnicos e pura falta de sorte. Com o Grande Prêmio prestes a ser removido do calendário da Fórmula 1 e o futuro do sua carreira incerto, Pond estava mais determinado do que nunca a dar tudo de si. Ele queria deixar seu povo nas arquibancadas orgulhoso, queria que eles tivessem uma última memória gloriosa desse evento tão importante para todos.

Seus rivais, apesar de terem carros mais rápidos, estavam enfrentando dificuldades. O clima quente e úmido estava castigando os pilotos e as novas mudanças na pista pareciam estar complicando as coisas para as outras equipes. Enquanto eles lutavam para se adaptar, Pond usava sua experiência e conhecimento local para compensar a diferença de desempenho do carro. Ele sabia que aquele poderia ser o último grande prêmio em casa, e estava determinado a deixar sua marca.

Max Lee, um dos principais rivais de Pond, estava se aproximando rapidamente do seu tempo de volta. A diferença entre os dois era mínima, e cada milésimo de segundo poderia fazer a diferença entre a pole position e a segunda posição na classificação. Nos últimos minutos do Q3, a tensão estava no ar, e Pond sabia que qualquer erro de Max poderia ser a oportunidade que ele precisava para garantir a pole, mesmo que a punição já garantisse que ele não largaria na primeira posição.