Capítulo V

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notas iniciais: coloquei a musica tema desse capitulo legendada a cima pra quem não conhece a letra, mas abaixo em um momento vai ter a versão do phuwin cantando vale a pena ouvir tbm.

"O que eu gosto na Fórmula 1 é que você pode ser um artista e um cientista ao mesmo tempo." Alain Prost:

Depois de um banho relaxante, Phuwin se jogou na cama, o cansaço do dia começando a pesar em seus músculos. Ele fechou os olhos, mas sua mente ainda estava cheia de pensamentos agitados. Os eventos da noite pareciam se repetir como um filme em sua cabeça, e, sem perceber, levou os dedos aos lábios, sentindo um leve arrepio. O quase beijo. A lembrança do olhar intenso de Pond e a proximidade entre eles o fez suspirar.

Ainda de olhos fechados, ele pegou o celular que estava ao lado e o segurou, hesitando. A tela iluminou o quarto suavemente, e ele encarou o aparelho, um sentimento contraditório surgiu dentro dele — uma mistura de ansiedade e expectativa. Ele sabia que, em algum momento, o piloto ligaria. Mas quando? E o que ele diria quando isso acontecesse?

Phuwin rolou na cama, encarando o teto enquanto segurava o celular firmemente. Ele se sentia vulnerável, mas ao mesmo tempo, uma pequena parte de si não conseguia evitar o sorriso que se formava no canto de sua boca ao imaginar a voz de Pond do outro lado da linha.
Phuwin suspirou profundamente, soltando o celular sobre o travesseiro ao lado. Ele se virou na cama, puxando o cobertor até os ombros, fechando os olhos com suavidade.

"eu espero que você realmente me ligue", ele murmurou para si mesmo, suas palavras se perdendo enquanto o sono lentamente tomava conta. A imagem de Pond, sorrindo de forma calorosa, foi a última coisa em sua mente antes de adormecer.

Quando Pond não ligou no dia seguinte, Phuwin fez o possível para não se deixar levar pela ansiedade. "Ele deve estar cansado," pensou, lembrando-se das emoções intensas que um piloto profissional enfrentava.

no outro dia Phuwin tentou se distrair e até pesquisou notícias sobre Pond. O país ainda estava em festa pela emocionante vitória do piloto no final de semana, mas a saída da McLaren e a injustiça de um talento como o de Pond estar fora do grid no próximo ano o deixaram melancólico. Ele se lembrava de como Pond falava apaixonadamente sobre corridas durante a semana do GP, e isso apenas aumentou seu sentimento de empatia pelo piloto.

No terceiro dia, a inquietação se transformou em um leve desespero. Qualquer barulho que o celular fazia fazia seu coração disparar, o peso da incerteza estava ficando difícil de ignorar.

No quarto dia, ele abriu e fechou a tela do celular incontáveis vezes, verificando se havia alguma mensagem ou ligação perdida. Cada vez que não encontrava nada, seu coração afundava um pouco mais.

Na quinta feira, Ele estava no chuveiro, a água escorrendo pelo corpo, quando ouviu o toque do aparelho. Uma onda de expectativa tomou conta dele, e sua mente imediatamente associou o som a Pond. Com pressa, ele se enrolou em uma toalha e saiu, ainda molhado, em direção ao quarto.

Ao se aproximar da cama, escorregou, caindo de joelhos no chão. Rapidamente, pegou o celular e viu que o número no visor era desconhecido. Com um misto de ansiedade e esperança, atendeu apressadamente. "Alô?" disse ele, a voz carregada de expectativa.

Do outro lado, uma voz fria e robótica respondeu: "Você já conhece os novos planos disponíveis para sua linha telefônica?"

Phuwin não pôde evitar o suspiro exasperado que escapou de seus lábios. Ainda sentado no chão, com o corpo molhado e a toalha emaranhada em torno de si, ele olhou para o celular com uma mistura de frustração e descrença. "Sério? Planos de telefone?", murmurou, desligando a chamada com um toque impaciente.

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