Capítulo VI parte I

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Você tem que acreditar que pode fazer a diferença, caso contrário, o que está fazendo aqui?" - Suzy Wolf  -  uma das poucas mulheres a competir na Fórmula 1

Fechando a porta atrás de si, Phuwin tirou os sapatos, deixando-os de qualquer jeito perto da entrada. Sentia o calor e o clima da noite percorrendo o seu corpo, a mente ainda rodando com a intensidade dos últimos momentos que teve com Pond, sem acender todas as luzes, ele caminhou até a mesa e pegou o celular. Colocou-o no carregador, ouvindo o som familiar de bateria conectada, antes de ligar pra Love ele precisava de outra coisa primeiro: um banho gelado.

Depois disso caminhou até o banheiro, ligou o chuveiro e deixou a água fluir enquanto se despia devagar, como se cada peça de roupa fosse um pedaço do peso que ele estava carregando.

Ao entrar no chuveiro, a água fria o envolveu em um choque instantâneo, arrepiando sua pele, mas trazendo um alívio necessário.

Phuwin desligou o chuveiro e se enrolou na toalha. A água gelada havia cumprido sua função, acalmando sua mente, corpo e seu coração — pelo menos por enquanto.

Saindo do banheiro, vestiu-se com uma camiseta larga e shorts confortáveis, caminhando em direção à cama, o celular ainda não tinha carregado quase nada, mais ele se acomodou na cama, ele colocou no viva-voz e esperou enquanto o telefone chamava. Do outro lado da linha, ouviu a voz sonolenta de Love atender.

"Phuwin... você sabe que horas são? Está atrapalhando meu sono da beleza..." Ela resmungou, com a voz embargada de cansaço.

Phuwin sorriu, sabendo que Love, apesar de rabugenta quando acordada de madrugada, sempre estava disposta a ouvir. "Desculpa... eu precisava falar com você."

Ela soltou um suspiro, mas logo sua voz se tornou preocupada. "Espera, aconteceu algo no bar? Está tudo bem?"

"Sim, aconteceu algo... mas foi uma coisa boa," ele respondeu, com um sorriso tímido, embora Love não pudesse ver.

"Coisa boa?" Love repetiu, sua voz subindo uma oitava com curiosidade. "Phuwin, fala logo, você tá me matando de curiosidade!"

Phuwin mordeu o lábio, sentindo o rosto esquentar novamente ao relembrar a noite. "Pond apareceu lá no bar... e a gente acabou conversando, sabe?

Imediatamente, a preocupação de Love foi substituída por uma empolgação palpável. "Ahhhh, eu sabia! que ele ia te procurar" Agora ela estava completamente acordada, a voz animada e cheia de expectativa: "Me conta tudo, Phuwin!"

Phuwin riu, sabendo que Love não ia descansar até ouvir cada detalhe: "Tá bom, tá bom, eu vou contar," ele começou, sentindo as bochechas corarem ao relembrar os momentos da noite. "Ele apareceu no bar, assim, do nada... e a gente acabou conversando, bebendo um pouco. Ele foi super atencioso, e meio que... me convidou pra ir com ele pra Krabi no fim de semana. Pro aniversário dele."

Love soltou um grito abafado de pura excitação. "Ai meu Deus! Um convite pra Krabi, pro aniversário dele? Isso é enorme, Phuwin! E aí, o que você disse? Vai aceitar, né? Diz que sim!"

"E eu não sei o que fazer. É um grande passo, né? Ir pra Krabi com ele e... sei lá, parece que as coisas estão indo rápido, mas, ao mesmo tempo, não quero afastá-lo."

Do outro lado da linha, Love ficou em silêncio por um momento antes de responder. "Você tá certo, Phuwin. Parece rápido, mas você também merece viver essas coisas. Ele gosta de você, isso tá claro. E se ele quer você ao lado dele em algo tão pessoal como o aniversário, é porque ele confia em você.

Phuwin suspirou, sentindo uma mistura de excitação e incerteza. "Eu não sei, Love... ele até disse que eu poderia te levar, mas você tem aquele trabalho importante no fim de semana. Eu prometi que ia pensar com carinho... ele foi super atencioso, disse que era só eu mandar uma mensagem até amanhã de manhã e ele me pegava."

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