Alicent Reverses the Hourglass

Salt Earth

Esse capítulo tem fortes cenas e gatilhos (estrupo mas não entre o nosso casal principal).

Daemon não tinha visto Alicent deixar a Fortaleza Vermelha, não tinha visto nenhuma preparação para ela sair e, de fato, não tinha falado com ninguém em três dias. Ele tinha liderado outro expurgo nos barcos ladrões que atracaram no porto enquanto se disfarçavam de vendedores e, embora isso não tivesse ajudado seu humor negro, enfiar sua espada nas pessoas tinha ajudado a limpar sua mente por um curto período.

Isso foi antes da noite cair e Daemon não visitar a casa de travesseiros ou mesmo deixar a Fortaleza. Ele ficaria em seu quarto para beber e refletir.

Por que ela, logo ela, o fez se sentir assim?

Ouvir a voz dela ao lado dele naquela noite o acalmou, levantou o ciclo interminável de pensamentos obscuros e repetitivos sobre o futuro, seu passado, sua morte. Tocar sua pele, respirar o cheiro de seu cabelo, ouvir seus pequenos suspiros enquanto ele se movia dentro dela - tinha sido facilmente o melhor sexo de sua vida, o que era assustador o suficiente.

O que era ainda pior era que essa tinha sido a melhor sensação que ele teve desde que chegou à sua segunda vida e, se você contasse os últimos anos de sua vida anterior, a melhor sensação que ele teve em muito, muito tempo.

O que ele fez agora? E por que, deuses, por que tinha que ser Alicent ?

Ele havia considerado seriamente tirá-la da Fortaleza Vermelha, levá-la para Pedra do Dragão e acorrentá-la à sua cama até que finalmente estivesse satisfeito.

Mas então, ele supôs, isso não era muito atencioso. E ela tinha a propensão de esfaquear os olhos das pessoas.

Agora, a caminho do Pequeno Conselho da manhã, ele estava tão distraído que não percebeu Otto e seu irmão vindo em sua direção.

"Irmão!" Viserys o cumprimentou com um largo sorriso, olhando-o de cima a baixo. "Você parece não ter dormido nada."

"Tenho estado ocupado protegendo sua cidade, irmão." Daemon disse, secamente.

Viserys pareceu confuso com seu tom; mas o ignorou como sempre. "Eu estava apenas dizendo a Otto, parece que a Fortaleza estará cheia de comemorações este mês. Não apenas o nascimento do meu filho, mas também," ele olhou para Otto, esperando que ele continuasse.

"O quê?" Daemon disse. "É o 100º aniversário do Otto?"

Otto deu a Daemon um sorriso que dizia Eu te mataria se pudesse. "Uma bela piada," ele disse. "Na verdade, meu filho vai se casar."

Daemon manteve sua expressão neutra. Seu aperto no punho de sua espada aumentou. "Oh?"

"Há apenas dois dias, Alicent partiu para o Vale," Viserys disse. "Rhaenyra está bastante desolada."

"Ela vai voltar." Otto disse. "A menos, é claro, que ela goste de Runestone. Eu não quero-"

"Runestone?" Daemon retrucou. "Quem está lá para casar em Runestone?"

"Bem, sua gentil esposa foi gentil o suficiente para permitir que Alicent e Gwayne ficassem hospedados em seu castelo enquanto eles estavam na área." Otto disse.

"Ela deveria ter me perguntado se eles poderiam fazer isso, porque, afinal, este não é meu castelo por lei?" Daemon cuspiu.

Viserys franziu a testa. "Por que está tão irritado? Não é como se você já tivesse se importado com o que aconteceu em Runestone antes," ele olhou para Otto. "Embora, você talvez devesse visitar em mais ocasiões."