The Brave

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Aviso esse capítulo tem abuso/trauma infantil!


Ano 93 d.C.

No dia em que Daemon e Viserys tiveram seu último sparring, o último que eles teriam, havia geada no chão e o céu prometia neve. Eles lutaram ao amanhecer e finalmente pararam depois de dez lutas. Daemon venceu cada uma, mas não sentiu orgulho - ele também não conseguiu se sentir adequadamente presunçoso por derrotar seu irmão mais velho, pois Viserys não parecia se importar.

"Você me superou!" Viserys deu um tapa em seu ombro bem-humorado. "Boa forma, irmão."

Daemon resmungou. "Você poderia ter tentado mais do que isso, Viserys."

"Você nem consegue vencer graciosamente, consegue?"

"É difícil se sentir gracioso se você torna isso tão fácil."

Viserys foi em direção aos degraus e sentou-se, embainhando sua espada. "Eu não sou um guerreiro, Daemon," ele disse. "Todos sabem disso. Não adiantará nada fingir que sou."

Daemon embainhou sua própria espada. "Agora que o pai é o herdeiro, você pode ser rei algum dia. Um rei deve empunhar uma espada."

Viserys olhou para ele. "Um rei deve fazer o que é certo para seu povo. Haverá cavaleiros e guerreiros o suficiente para brandir espadas."

Daemon revirou os olhos. "Você permitiria que seus cavaleiros o superassem? Não sei como alguém poderia suportar tamanha humilhação."

Viserys não mordeu a isca. "Ainda pode ser nosso primo que será nomeado herdeiro se o Rei enfraquecer para sua esposa."

Alysanne partiu para Dragonstone em Silverwing após uma briga com o Rei sobre a nomeação de Baelon como herdeiro do único filho vivo de seu tio - seu primo, Rhaenys. Em um incidente que estava rapidamente se tornando conhecido como a Segunda Briga, parecia que mais uma trégua entre o casal real precisaria ser mediada.

"Só um tolo se enfraqueceria diante de sua mulher." Daemon disse firmemente. "O Rei deveria trazer a Rainha de volta pela orelha e ordenar que ela não fosse tão tola."

Viserys levantou as sobrancelhas. "Você diria isso diante da nossa avó?"

Daemon fungou, mas não respondeu. Ele não responderia.

"Às vezes é necessário fazer concessões." Viserys disse. Ele tinha um olhar sorridente e distante no rosto. Ele estava pensando em sua futura noiva, Aemma, que era de fala mansa, bonita, tímida e interessante. Ela havia conquistado seu coração completamente momentos após seu primeiro encontro. "O amor o compele assim."

"Amor!" Daemon chutou o degrau. "É melhor esmagar toda noção de amor do próprio corpo."

"Você viverá uma vida solitária se pensar assim, irmão."

"Terei muitas esposas como Aegon, o Conquistador, e assim não terei motivos para me sentir solitário."

"Tenha muitas esposas, você vai? Elas todas ficarão enjoadas de você se você infligir a elas esse seu temperamento colérico."

"Quem se importa com o que eles pensam?"

Viserys balançou a cabeça. "Você ainda é apenas um garoto."

"Não se considere todo poderoso só porque você vai se casar em breve."

Viserys se levantou. "Não tenho desejo de discutir com você, Daemon. Estou ficando cansado e desejo comer. Vamos entrar."

"Não." Daemon disse, voltando-se para o campo de treinamento. "Vou praticar um pouco mais."

"Você treina demais."

Alicent Reverses the HourglassOnde histórias criam vida. Descubra agora