Alicent Reverses the Hourglass

First Break

Uma voz atrás dela, "Ele cresceu bem, aquele rapaz. Eu ouso dizer que ele será a imagem do pai quando tiver idade suficiente."

Alicent engoliu a bile que subiu em sua garganta enquanto ela mudava o tempo, olhando ao redor para o campo. Borros tinha acabado de vencer sua primeira luta. Ela tinha virado toda a areia que a ampulheta continha, a porção completa de tempo que poderia ser poupada.

"Dizem que Ponta Tempestade tem belas florestas e campos," Rhaenyra estava dizendo. "Você encontrará muitos lugares agradáveis ​​para ir-"

"Eu não vou para Ponta Tempestade!" Alicent retrucou.

Rhaenyra olhou para ela. "Eu-"

"Eu não vou me casar com Borros e não vou viver em Ponta Tempestade. Deuses, Rhaenyra, ouça o fim das frases pelo menos uma vez !" Alicent se levantou rapidamente. Ela não tinha tempo para sentar ali e falar sobre essa baboseira sem sentido. Ela tinha que encontrar seu irmão antes que ele fosse morto por causa dela. Esqueça a Rainha, esqueça Rhaenyra e Daemon e todos os Targaryen existentes e seu passado e seu futuro.

Ela não permitiria que Gwayne morresse por sua causa, não importava o que ela tivesse que fazer.

Alicent saiu correndo do Royal Box, descendo as escadas, tropeçando nas saias no último degrau e quase quebrando a queda na terra enquanto derrapava para fora. Faltavam cerca de cinco minutos para o local da justa, Gwayne estaria esperando sua vez no lado direito dos trilhos. Ela conseguiria chegar a tempo se corresse a toda velocidade.

Alicent não pensou na visão que deveria ter ao passar pelos servos, os cavalariços, os escudeiros e os nobres perdidos, aproveitando a oportunidade não para assistir à justa, mas para se encontrar com outras Casas e beber vinho ao ar livre.

Alicent quase foi varrida por Daemon quando ele entrou em seu caminho. Ele era a única outra pessoa no mundo que sabia quando ela havia mudado o tempo e ela deveria saber que ele viria encontrá-la.

"Não me pare!" Ela bufou, mas ele parou. Ele a segurou firme, levantando-a do chão. "Eu disse, não me pare!" Ela mirou um punho no peito dele, a dor percorrendo seu pulso com o impacto na armadura dele. "Eu preciso salvá-lo!"

"Eu sei." Daemon disse. "Eu vi."

"Ele morreu por minha causa."

"Você virou a ampulheta; ele está vivo."

"Ele não consegue encarar aquele garoto Waynwood."

"Eu cuido disso."

Alicent se virou para que seu rosto ficasse pressionado perto do de Daemon. "Eu vou te matar se você ficar no meu caminho."

Daemon a colocou no chão, girando-a para encará-lo. Ele a sacudiu como se fosse acordá-la. "Eu disse, eu vou cuidar disso , Alicent." Ele falou com firmeza, Alicent podia ver que ele estava contendo um temperamento que poderia estar exposto de outra forma.

"Não."

"Volte para a caixa."

"Sua interferência só vai piorar a situação!"

"Estamos perdendo segundos falando aqui." Daemon disse, deixando-a ir. "Volte agora ."

Alicent estava parada no meio do campo, lama nas saias, o cabelo bagunçado, respirando fundo no ar do outono. Ela observou suas costas recuando, sua mente voando de uma dúvida para outra.

Ela poderia confiar nele?

Ela ouviu a multidão rugir quando outra luta foi vencida. Ela não tinha escolha. Ela já estava sem tempo.