Foolish Love

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A água na bacia estava passando de rosa para marrom. Alicent apertou o cabelo, certificando-se de que o pior estava fora; pelo menos o suficiente para não assustar as empregadas pela manhã.

Daemon entrou atrás dela, fechando a porta atrás de si. Ele colocou sua espada na mesa perto da janela e então a adaga, limpa.

Alicent voltou os olhos para a água.

"Você está ferido?" Ele perguntou, mantendo a voz baixa.

"Não." Ela disse. "É todo o sangue dele."

Daemon se aproximou dela por trás e deixou o rosto cair no ombro dela, os braços ao redor da cintura dela, inclinando-se para ela. Ele roçou os lábios contra a pele molhada dela. Alicent fechou os olhos e balançou contra ele.

O beijo dele encontrou o queixo dela, depois a bochecha. "Vai para a cama."

"Mas se eu estiver na cama, onde você vai dormir?"

Daemon fez um barulho sarcástico.

"Não há espaço para nós dois." Alicent deslizou para baixo dos lençóis, sua camisola grudando em sua pele.

Daemon tirou as roupas. "Vou abrir espaço."

Ele estendeu os braços sobre a cama para agarrá-la, levantou-a para seu colo; mais uma vez querendo que ela montasse nele, olhando para ele, seu cabelo caindo ao redor dele. Ela era como creme em sua boca, todas as vezes: inimaginavelmente doce e macia.

Alicent o satisfez por um momento antes de deslizar de volta para baixo. "Estou cansada." Ela ronronou, rolando. "Você vai ter que esperar."

Daemon a virou de costas embaixo dele. "Você acha que me provocar é sensato?"

Alicent se espreguiçou, sacudindo o cabelo sobre o rosto, agora sabendo que era uma das fraquezas dele. Ela arrastou as pontas dos dedos levemente do queixo dele até o peito, só para torturá-lo. Sentindo-o se contorcer sob seu toque, ela sorriu, satisfeita.

"O Príncipe já me cansou por hoje." Ela disse, virando-se de lado. "Com a língua dele."

Daemon passou a mão pelo rosto. "Alicent, já faz quatro dias."

Alicent caiu na gargalhada diante da seriedade do tom dele. "Oh, quatro dias!" Ela gritou. "Que grande injustiça foi cometida! Espero muito que a Patrulha da Cidade não tenha se desfeito por tristeza."

Daemon murmurou uma série de palavras grosseiras em alto valiriano e deitou-se novamente ao lado dela. "Não importa," ele anunciou. "Eu prefiro dormir de qualquer forma."

"Então meu Príncipe não me quer mais?" Alicent sussurrou em seu ouvido. Ela fez questão de roçar os seios contra seu antebraço nu. "Ele prefere dormir do que minha boca, minha língua, meu-"

Daemon agarrou seu rosto e a beijou profundamente, suas mãos estendendo-se para ela mais uma vez.

"Diga o quanto você me quer." Alicent disse, saindo do aperto dele. "Diga."

"Já não foi dito?"

"Com seu corpo", disse Alicent. "Não com sua voz."

Daemon engoliu o que queria dizer.

"Diga-me."

Ele lutou com seu orgulho, sua mandíbula cerrada. Finalmente ele se virou. "Boa noite."

Alicent olhou para a parte de trás dos ombros dele. Ele estava falando sério ? Correr pelo Vale declarando-a sua e exibindo-a como sua amante na cara de todos era algo sobre o qual ele não tinha escrúpulos, mas isso era um passo longe demais? Simplesmente dizer que a queria. Ela queria, apenas uma vez, que ele lhe dissesse o quanto ele a queria. Ela se deitou, dando as costas para ele da mesma forma.

Alicent Reverses the HourglassOnde histórias criam vida. Descubra agora